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Ex-comandante do Exército confirma à PF reuniões para discutir minuta do golpe, diz site

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O ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes confirmou, em depoimento à Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (1º/03), a participação em reuniões em que foram discutidos os detalhes da chamada minuta do golpe. A oitiva faz parte da operação Tempus Veritatis, que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

Freire Gomes, que comandou o Exército em 2022, não é investigado na operação, mas foi ouvido na condição de testemunha. Os investigadores chamaram o militar para depor em razão de mensagens trocadas com o ex-ajudante da Presidência Mauro Cid que citam a minuta. Na oitiva, Freire Gomes respondeu a todas as perguntas da PF, por mais de sete horas.


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Nas mensagens, Cid afirma que Bolsonaro “mexeu” no decreto, “reduzindo” o texto da minuta. As mensagens foram trocadas após uma reunião de oficiais supostamente aliados ao plano golpista em Brasília, no final de novembro de 2022.

Junto de outros oficias, Freire Gomes teria sido chamado à reunião com Bolsonaro no Palácio do Planalto. Contudo, assim como o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior (Força Aérea), ele teria se oposto à ruptura institucional proposta na ocasião. O almirante Almir Garnier (Marinha), por outro lado, se pôs à disposição dos planos do então presidente. Essas informações foram repassadas à investigação por Mauro Cid na delação, e confirmadas pelo general Freire Gomes no depoimento à PF.

Por se recusarem a aderir à trama golpista, os dois militares geraram irritação entre aliados do ex-presidente. Mensagens extraídas pela PF do celular de Ailton Barros, militar reformado do Exército, mostram, por exemplo, que o general Walter Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, teria chamado Freire Gomes de “cagão” por resistir às pressões para aderir ao golpismo. Em outras mensagens, Braga Netto orienta também ataques ao brigadeiro Baptista Júnior.

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