Novo remédio mostra quase 36% de redução no avanço do câncer de mama HER2+

(Foto: Freepik)
Um estudo publicado no Journal of Clinical Oncology mostrou que o medicamento Tukysa (tucatinibe), desenvolvido pela Pfizer, reduziu em 35,9% o risco de avanço do câncer de mama ou morte pela doença. Os resultados foram apresentados no 48º Simpósio de Câncer de Mama de San Antonio, nos Estados Unidos.
A pesquisa analisou 654 pacientes com câncer de mama metastático HER2+, um tipo caracterizado pela alta produção da proteína HER2 e pela possibilidade de o tumor se espalhar para outras partes do corpo. As participantes receberam Tukysa combinado com trastuzumabe e pertuzumabe, ou placebo com os mesmos medicamentos.
O grupo que usou Tukysa teve maior tempo de estabilidade da doença. A média de sobrevida livre de progressão foi de 24,9 meses, contra 16,3 meses no grupo placebo um ganho de 8,6 meses sem piora do tumor. Os pesquisadores afirmam que os efeitos colaterais foram considerados administráveis.
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Segundo a principal autora do estudo, Erika Hamilton, pacientes com esse tipo de câncer costumam ter progressão em até dois anos após o início do tratamento inicial. Para ela, os resultados mostram uma estratégia capaz de ampliar esse período com segurança.
Especialistas que acompanharam o simpósio também consideram os dados relevantes, apontando que o controle maior do tumor oferece mais previsibilidade ao tratamento.
O Tukysa ainda não está aprovado como terapia de primeira linha. A Pfizer informou que os resultados serão apresentados às agências regulatórias. Hoje, o medicamento é liberado apenas para uso em terceira linha, combinado a trastuzumabe e capecitabina.






