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Cenário de alerta: saiba quais são os animais em extinção na Amazônia

A seguir, confira os 10 animais da Amazônia em risco de extinção e os fatores que ameaçam a sobrevivência
03/12/25 às 22:20h
Cenário de alerta: saiba quais são os animais em extinção na Amazônia

(Foto: Pixabay)

A Amazônia, maior reserva de biodiversidade do planeta, vive um cenário de alerta: diversas espécies estão ameaçadas de extinção por causa da pressão humana e das mudanças climáticas. Entre os animais mais afetados estão felinos, aves, primatas e mamíferos aquáticos fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas da região. A seguir, confira os 10 animais da Amazônia em risco de extinção e os fatores que ameaçam a sobrevivência das espécies.

1. Onça-pintada

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e tem papel essencial no controle populacional de outras espécies. A caça ilegal e os conflitos com criadores de gado são os principais fatores que reduzem sua população.

2. Gato-maracajá

O gato-maracajá (Leopardus wiedii) é um felino pequeno, ágil e de hábitos noturnos. A perda de habitat e a caça ilegal fazem sua população diminuir progressivamente.

3. Macaco-aranha

O macaco-aranha (Ateles sp.) vive nas copas das árvores e é fundamental para a dispersão de sementes. A destruição de áreas de floresta e a redução de alimentos ameaçam a continuidade da espécie.

4. Gavião-real

O gavião-real (Harpia harpyja) é uma das maiores aves de rapina do mundo e necessita de florestas densas e bem conservadas para se reproduzir. A perda desses ambientes coloca a espécie em risco.

5. Boto-cor-de-rosa

O boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), conhecido por sua cor única e presença cultural na região, sofre com secas extremas, pesca predatória e impactos de hidrelétricas nos rios amazônicos.

6. Peixe-boi da Amazônia

O peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) é um mamífero aquático pacífico, considerado sagrado por muitas comunidades tradicionais. Mudanças no habitat e a caça ilegal representam sérios riscos à sua sobrevivência.

7. Ariranha

A ariranha (Pteronura brasiliensis) é um mamífero aquático que vive em grupos e depende de rios saudáveis. A destruição de seus territórios e a contaminação das águas ameaçam sua existência.

8. Ararajuba

A ararajuba (Guaruba guarouba) se destaca pela plumagem amarela vibrante, o que a torna alvo constante do tráfico de animais silvestres. O desmatamento também reduz suas áreas de reprodução e alimentação.

9. Doninha da Amazônia

A doninha da Amazônia (Mustela africana) é pequena e ágil, adaptada para caçar em locais estreitos. Sua pele valiosa a torna vítima frequente de caçadores, além do impacto da perda de habitat. Vive na Bacia Amazônica, abrangendo o norte do Brasil, o leste do Equador e do Peru, além de poder ser encontrada no sul da Colômbia, Venezuela, Guianas e norte da Bolívia. Ela habita a floresta tropical úmida, embora também possa ser avistada em áreas de floresta de altitude nos Andes bolivianos.

10. Sauim-de-coleira

O sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) vive em grupos familiares e circula pelas copas das árvores. A destruição da floresta e a competição com espécies invasoras impactam diretamente sua sobrevivência.

Causas da extinção

Os motivos que levam essas espécies à extinção são variados. O desmatamento é um dos principais fatores, pois elimina habitats inteiros para dar lugar à pecuária, agricultura e extração madeireira. A expansão agrícola fragmenta áreas florestais, isola populações animais e contamina o ambiente pelo uso de agrotóxicos. As queimadas, muitas vezes provocadas, intensificam a perda de vegetação e prejudicam a saúde e a vida das espécies. O garimpo ilegal contamina rios com mercúrio e destrói áreas extensas da floresta, enquanto a extração de petróleo pode causar vazamentos e abrir caminhos que facilitam a caça ilegal.

Além disso, as mudanças climáticas agravam esse cenário. Secas severas, enchentes extremas, aumento das temperaturas e redução da umidade afetam espécies altamente adaptadas às condições naturais da Amazônia. Essas alterações comprometem o equilíbrio dos ecossistemas e reduzem ainda mais as populações de animais ameaçados.

*Com informações de Greenpeace