Com a presença de militares americanos na Guiana, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deve viajar para a Rússia, neste domingo (10/12) ou na segunda-feira (11/12), onde irá pedir apoio ao presidente russo, Vladimir Putin, conforme informação do Kremlin, nesta sexta-feira (8/12).
A medida foi descrita como um “estímulo no entrosamento para melhorar a parceria de segurança” entre os países.
Em resposta, o ministro do Poder Popular para a Defesa da Venezuela, Padrino López, classificou a operação como uma “infeliz provocação”.
No último domingo (3/12), o governo de Maduro promoveu um referendo sobre a anexação da região de Essequibo. A consulta terminou com 96% dos cidadãos favoráveis à incorporação do território.
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Brasil em alerta
Mesmo a Rússia anunciando que não há interesse em uma guerra entre Venezuela e Guiana, o encontro de Maduro com Putin coloca os russos, a posição do conflito com os Estados Unidos, que prestam apoio oficial à Guiana e a Ucrânia.
Caso Maduro consuma os planos de anexação do território de Essequibo, há a possibilidade da fronteira do Brasil, no caso Roraima, ser utilizada para cercar a Guiana, o que colocaria o país no conflito também.
O aumento da tensão entre Venezuela e Guiana na disputa pela região do Essequibo tem deixado autoridades brasileiras em alerta para uma possível evolução do conflito. Enquanto a diplomacia adota posição mais conciliadora, na fronteira, militares brasileiros reforçam o efetivo.
Apelo ao Conselho de Segurança
Após o aumento do tom de Maduro contra a Guiana, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reúne nesta sexta-feira (8/12) para discutir a questão.
O ministro das Relações Exteriores da Guiana, Hugh Todd, por meio de uma carta divulgada pela AFP, pediu ao presidente do conselho que “convoque urgentemente uma reunião” para discutir a crise entre os dois países.
*com informações Metrópoles