A governadora republicana Kay Ivey anunciou que o estado do Alabama programou a primeira execução nos Estados Unidos utilizando hipóxia com nitrogênio, uma alternativa à injeção letal.
Em novembro, a execução de Kenneth Eugene Smith por injeção letal foi cancelada devido a problemas no procedimento. Diante disso, surgiu um pedido para que a pena de morte fosse aplicada utilizando gás nitrogênio, em substituição à injeção letal.
A execução de Smith agora está marcada para ocorrer entre 25 e 26 de janeiro de 2024, de acordo com um comunicado à imprensa da governadora Kay Ivey.
De acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte, uma organização sem fins lucrativos que monitora, analisa e divulga informações sobre a pena capital, a morte por hipóxia de nitrogênio priva o cérebro e o corpo de oxigênio, de modo que o preso morre por asfixia.
Após uma pausa nas execuções no outono passado, o Alabama revisou seu processo de execução devido a problemas com injeções letais. Em agosto, finalizaram os protocolos para o novo método de execução por nitrogênio, aprovado em 2018.
Atualmente, o estado possui 165 presidiários no corredor da morte, conforme a Secretaria Estadual de Correções.
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Apesar disso, os advogados de Smith destacaram outras questões pendentes no caso, expressando seu “desapontamento” pela governadora ter determinado uma data de execução para seu cliente, conforme declarado à CNN na quarta-feira (9).
Em maio, a Suprema Corte dos EUA respaldou a solicitação de Smith para ser executado por gás nitrogênio. Essa decisão ocorreu após a maioria dos juízes votar, no início do mandato, a favor da continuidade da execução de Smith, mas desta vez por meio de injeção letal.
Condenação
Kenneth Eugene Smith foi condenado, juntamente com um cúmplice, pela morte de Elizabeth Dorlene Sennett, ocorrida em 1998, em uma conspiração de assassinato de aluguel. Os dois foram contratados pelo marido de Sennett, que estava envolvido em um caso e havia feito uma grande apólice de seguro para sua esposa.
*Com informações da CNN