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Manaus tem pelo menos 600 áreas de risco, diz Prefeitura; zona Norte é a mais afetada

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A Prefeitura de Manaus está reforçando as ações do Plano de Contingência do Município (Plancon), em virtude do deslizamento ocorrido no último domingo (19/1), no bairro Redenção, zona Centro-Oeste da capital amazonense.

Criado em 2024, o Plancon foi posto em prática no atendimento das famílias em áreas de risco com a Defesa Civil atuando na coordenação das medidas a serem adotadas pelas demais secretarias municipais, em parceria com órgãos públicos do Estado e com as prestadoras de serviços, como as concessionárias de energia e água da capital.

O Plano de Contingência é o primeiro elaborado por uma gestão municipal, por meio da Defesa Civil, e tem como objetivo estabelecer ações a serem tomadas em quatro cenários: chuvas intensas, cheia, estiagem e incêndio, para adoção de medidas de prevenção ou mitigação de desastres na capital. Faz parte dele o trabalho de contenção de encostas, as chamadas “erosões”.

Relatório sobre áreas de risco

Um relatório elaborado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), aponta a zona Norte como a de maior cobertura pelos trabalhos de contenção. Foram 12 só nessa área.

O prefeito David Almeida (Avante) afirmou:

“A incidência do nosso trabalho está na zona Norte. Das 12 erosões onde trabalhamos, cinco foram no bairro Nova Cidade, que, conforme laudo do nosso corpo técnico, possui a combinação de terrenos inclinados e alta densidade populacional, além de áreas de ocupação irregular, que aumentam significativamente o risco de deslizamentos, especialmente durante o período de chuva”.

Manaus tem pelo menos 600 áreas de risco, diz Prefeitura
Manaus tem pelo menos 600 áreas de risco, como o que ocorreu o deslizamento de terra, na Redenção (Foto: Antonio Pereira/Semcom)

Para evitar que a população invada ou utilize inadequadamente as áreas recuperadas, a gestão do prefeito David Almeida implementou projetos como a construção de praças, academias ao ar livre e outros espaços públicos. Essas intervenções visam não apenas proteger as áreas reabilitadas, mas também oferecer opções de lazer e promover o uso sustentável, evitando ainda o processo erosivo nessas áreas.

Almeida continuou:

“São 600 pontos desses da cidade de Manaus, desses 600, quase 90 são pontos de alto risco. Desses 90, nós já refizemos 32. Esse trabalho é baseado em estudos técnicos e parcerias com a Defesa Civil, sempre com soluções sustentáveis e planejamento. Sabemos dos desafios, mas seguimos comprometidos em ampliar essas ações e construir uma cidade mais segura para todos”.


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Contenção das erosões

Segundo a prefeitura, das 32 erosões contidas, 12 foram na zona Norte (cinco no Nova Cidade, quatro no Cidade de Deus, uma no Monte das Oliveiras, uma no Santa Etelvina, uma na Cidade Nova); 10 na zona Leste (duas no Distrito Industrial, duas no Mauazinho, uma no Colônia Antônio Aleixo, uma no São José, três no Jorge Teixeira, uma no Gilberto Mestrinho); três na zona Oeste (uma no São Raimundo, uma na Compensa, uma no Tarumã); três na zona Centro-Oeste (duas no Planalto, uma no Alvorada); duas na zona Sul (uma no Petrópolis, uma na Cachoeirinha); duas na Centro-Sul (uma em Flores, uma na Chapada).

Para os próximos anos, a prefeitura prevê um investimento de cerca de R$ 65 milhões em outras 13 áreas críticas previamente mapeadas nos bairros do Mauazinho, Gilberto Mestrinho, Nova Floresta, Jorge Teixeira, Cidade Nova, Nova Cidade, Petrópolis e Cidade de Deus.

Causas de deslizamentos

Dentre as principais causas de deslizamento na capital, a Seminf constatou que as recorrentes são: o descarte incorreto de lixo em topos de encostas, a sobrecarga de sistemas de drenagem de águas pluviais devido à conexão indevida de tubos de água, a chamadas “ligações clandestinas”, e a construção de moradias em áreas consideradas impróprias.

O vice-prefeito e secretário de Obras, Renato Junior, explicou sobre o deslizamento ocorrido no domingo:

“Houve um deslizamento de terra por conta de uma ligação irregular de tubulação de água na rua de cima, que infiltrou e fez com que esse barranco caísse em cima dessas casas. Uma pessoa foi beneficiada na rua de cima e todo o restante foi prejudicado. As máquinas não poderiam ser colocadas aqui dentro, porque é de difícil acesso”.

Enquanto isso, a Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil de Manaus realiza o monitoramento contínuo das áreas de risco na cidade. O monitoramento das áreas de risco pode ser feito aqui.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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