
CPI do Asfalto dá sinais de enfraquecimento com desistências de assinaturas
Conforme exige o Regimento Interno da Casa, a instalação da CPI precisava de oito assinaturas
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Asfalto, que tem o intuito de investigar a aplicação dos recursos do programa Asfalta Manaus, corre o risco de não avançar na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), depois de uma série de desistências.
Inicialmente, o pedido, protocolado pelo deputado estadual Delegado Péricles (PL), contava com dez assinaturas. Porém, no decorrer dos dias o enfraquecimento tomou conta e três parlamentares recuaram e retiraram seus nomes: Comandante Dan Câmara (Podemos), Cristiano D’Ângelo (MDB) e Carlinhos Bessa (PV).
Vale lembrar que, para a abertura da CPI, são necessárias pelo menos oito assinaturas. Com as retiradas, o número caiu para sete.
Quem manteve as assinaturas foram: Delegado Péricles (PL), Débora Menezes (PL), Alessandra Campêlo (Podemos), Rozenha (PMB), Sinésio Campos (PT), Wilker Barreto (Mobiliza) e Adjuto Afonso (União Brasil).
O nome de Wanderley Monteiro (Avante), está sendo cogitado nas tratativas de retirada ou não do documento. Caso isso ocorra, o apoio cairá, mesmo com a adesão de Débora Menezes, ainda faltará um apoio.
Wanderlei Monteiro ainda não definiu se irá retirar a assinatura. O político é alvo de processo de expulsão do Avante por quebra de fidelidade partidária, após assinar o requerimento de criação da CPI.
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Autor do pedido, Péricles foi à tribuna da Casa Legislativa defender o teor da CPI, além de denunciar os entraves que vem sofrendo com as retiradas de assinaturas.
“Esse programa gastou praticamente um bilhão de reais e, mesmo assim, a cidade enfrenta sérios problemas de buracos e má qualidade do asfalto. Isso é um clamor popular e nós precisamos investigar. (…) Há conversa de bastidores do prefeito, porque ele está desesperado e não quer essa CPI. Mas nosso papel é investigar”, disparou o parlamentar.