
Rio Curuçá: obra interdita o trânsito na rodovia BR-319 nesta sexta-feira

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vai interditar completamente o trânsito no km 23 da rodovia BR-319, a Manaus-Porto Velho, nesta sexta-feira (15), para obras de acesso à ponte sobre o rio Curuçá, no município do Careiro da Várzea, na Região Metropolitana de Manaus.
Conforme o DNIT, serão feitas obras de manutenção do acesso ao rio Curuçá e a rodovia ficará fechada de 7h às 15h. “Solicitamos aos usuários da rodovia que programem seus deslocamentos com antecedência e redobrem a atenção nas proximidades do local da intervenção“, diz nota do órgão, que é o braço operacional do Ministério dos Transportes.
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Inauguração de ponte sobre rio Curuçá será em setembro
A obra de manutenção que será realizada nesta sexta-feira é um dos últimos passos antes da reinauguração, prevista para setembro, da ponte sobre o rio Curuçá. A estrutura desabou em setembro de 2021.
A construção da nova ponte entrou na etapa final, quando são realizadas as chamadas “obras de arte”, que são as redes de drenagem, galerias e sinalizações. O órgão mantém a previsão de reinauguração para setembro.
O investimento total do Governo Federal é de R$ 27,3 milhões. Os trabalhos foram retomados pelas equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em dezembro de 2024.
A nova ponte sobre o Curuçá conta com toda a infraestrutura concluída, e 50% da mesoestrutura já foi executada.
A travessia quando concluída terá 150 metros de extensão e 13 metros de largura com faixas de rolamento de 4,6 metros cada e acostamentos de 1,5 metro.
Quedas de pontes expuseram descaso com BR-319
O desabamento da ponte sobre o rio Curuçá, no Carreiro da Várzea, deixou quatro pessoas mortas, diversos feridos e ao menos uma pessoa desaparecida. A estrutura ruiu e desabou, conforme relatos da época, em menos de dois minutos.
A tragédia não foi a única, pois dez dias depois, em 8 de outubro de 2021, foi a vez da ponte sobre o rio Autaz-Mirim, no quilômetro 25, também ruir — felizmente, sem vítimas. Os desabamentos expuseram falhas graves por parte das autoridades responsáveis pela manutenção da rodovia, uma vez que estudo divulgado em 2021 pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) já alertava sobre os riscos da construção de aterros sobre rios, o que desequilibra as margens e direciona a força da água diretamente às colunas de sustentação das pontes.
Com as duas pontes desabadas, a consequência foi imediata: a região enfrentou isolamento rodoviário, desabastecimento de alimentos, remédios e combustível, e impactos diretos na agricultura local.
O preço de itens básicos, como o gás de cozinha, subiu expressivamente nas cidades próximas.