A Companhia, em parceria com Petrobras e Marinha, divulgaram durante esta quinta-feira (20/03) os desafios com a Operação Codajás durante a estiagem dos rios em 2024. As informações foram repassadas durante um painel apresentado na segunda edição do Amazonas Óleo, Gás e Energia, que ocorre em Manaus (AM), entre os dias 18 e 20 de março. O evento, tem como foco o debate sobre os desafios e oportunidades do setor de petróleo e gás com foco na região amazônica.
A Transpetro informou que durante o ano passado, a prioridade era manter o abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) na região Norte do Brasil em meio a maior seca já registrada dos últimos 74 anos.
Foram transportadas 16,6 mil toneladas de GLP em 21 operações de carga e descarga, assegurando o fornecimento desse combustível em condições extremas. Para isso, a companhia destacou cinco navios gaseiros próprios, que atuaram dedicados à região, durante quatro meses.
Operação Codajás
O abastecimento de GLP foi viabilizado devido à Operação Codajás, criada pela Petrobras e pela Transpetro para assegurar o escoamento de combustíveis durante o período de vazante do Rio Amazonas, que ocorre especialmente entre os meses de novembro e dezembro. Nesse período, a navegação é dificultada devido à diminuição do nível dos rios. Em 2024, a questão se agravou, pois a estiagem iniciou em setembro, requerendo a antecipação de um grupo de crise com a parceria da Marinha do Brasil.
“A Operação Codajás é um exemplo de resiliência e planejamento. Em 2024, enfrentamos uma vazante sem precedentes, com rios atingindo níveis críticos já em setembro. Graças ao esforço conjunto de nossos profissionais, da Petrobras e da Marinha, conseguimos garantir o abastecimento da região Norte sem interrupções”, afirmou Túlio Lourenço, gerente de Integração Logística da Transpetro.
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Expansão de operações
Durante o painel, a Transpetro também divulgou o balanço de operações ship to ship e ship to barge realizadas em 2024 nos terminais do Estado do Amazonas. As atividades de transbordo de petróleo e derivados na região cresceram 32%, totalizando a realização de 325 operações no ano passado frente a 246 em 2023.
Ambas as operações realizadas no Amazonas são fundeadas e excluem a necessidade de terminais aquaviários, aumentando a eficiência da operação. No Estado, essas operações foram realizadas principalmente em Itacoatiara e Manaus e são fundamentais para otimizar a logística na região e a movimentação de produtos em navios de maior porte.
Ship to Ship
Ship to Ship é um tipo de operação em que um navio atraca ao lado de outro para fazer a transferência de petróleo e derivados. Já a ship to barge é operacionalizada entre um navio e uma barcaça, dispensando o uso de berços de atracação e proporcionando tancagem flutuante.
“O crescimento das operações ship to ship no Amazonas reflete a expertise da Transpetro em lidar com desafios logísticos complexos, como o período de seca dos rios. Essas operações são essenciais para manter o abastecimento da região e escoar a produção do Polo de Urucu”, destacou Túlio Lourenço.
Transpetro
Operando 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 33 navios, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras. A empresa é a maior companhia de logística multimodal de petróleo, derivados e biocombustíveis da América Latina.
A Transpetro presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica e demais empresas do setor de óleo e gás. A carteira da subsidiária da Petrobras conta com mais de 160 clientes.