O governador do Amazonas, Wilson Lima, participou, nesta quarta-feira (28/05), de uma reunião com os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Mauro Mendes, do Mato Grosso, além de representantes da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). O encontro aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, e marcou o início das atividades do Congresso Ambiental (CAMBI 2025), que ocorre entre os dias 28 e 30 de maio, na capital paulista.
O Congresso Ambiental (CAMBI 2025), promovido pela Abema, celebra os 40 anos da entidade, que desde 1985 atua na articulação de políticas públicas ambientais entre os estados brasileiros. O evento reúne governadores, secretários estaduais, especialistas e representantes de organizações civis para discutir desafios e soluções relacionadas ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas climáticas.
Durante o encontro, o governador Wilson Lima discursou sobre a importância de conciliar o desenvolvimento da Amazônia com a preservação do meio ambiente. Ele ressaltou que a região amazônica não deve ser vista apenas como um território a ser protegido, mas sim como uma área produtiva, rica em cultura, biodiversidade e potencial econômico.

O governador destacou que a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para 2025 em Belém (PA), coloca novamente a Amazônia no centro das atenções mundiais.
“Estamos vivendo um momento em que, mais uma vez, a Amazônia ganha destaque com a realização da COP30. Mais do que nunca, é importante reforçarmos que o bioma amazônico não é apenas para ser preservado, mas é preciso entender que ele é um território produtivo, de gente e de cultura, e que a Amazônia pode contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, afirmou Wilson Lima.
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O governador do Amazonas defendeu a necessidade de ampliar os investimentos em tecnologias sustentáveis, infraestrutura e cadeias produtivas como as do açaí, cacau, pesca manejada e bioeconomia florestal. Segundo ele, essas atividades são fundamentais para gerar renda para as populações locais e, ao mesmo tempo, garantir a manutenção da floresta em pé.

Wilson Lima também destacou a urgência de tornar acessível a promessa internacional de financiamento climático de US$ 100 bilhões anuais. Esse montante foi comprometido por países desenvolvidos para apoiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas em países em desenvolvimento. Para o governador, é essencial que os estados brasileiros tenham gestão direta sobre esses recursos, garantindo que eles sejam aplicados de forma eficiente em ciência, inovação e energia renovável.
Debates e desafios no CAMBI 2025
Recebido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Wilson Lima participou da mesa de debates ao lado de outras autoridades, incluindo Mauro Mendes, governador do Mato Grosso, e Eduardo Taveira, secretário de Meio Ambiente do Amazonas e vice-presidente da Abema.
Durante o CAMBI 2025, diversos temas estratégicos para o futuro ambiental do Brasil estão sendo debatidos. Entre os principais, destacam-se: água e saneamento, agro e floresta, infraestrutura e as demandas para a COP30. Os debates buscam integrar políticas públicas e estratégias para enfrentar os desafios ambientais, sociais e econômicos do país.
A programação do congresso inclui ainda discussões sobre os complexos desafios logísticos da região amazônica, a necessidade de financiamento de projetos sustentáveis, a integração entre os diversos modais de transporte e a modernização do transporte fluvial com o uso de energia limpa, como hidrogênio verde e biocombustíveis.
Aliança entre governadores fortalece políticas ambientais
Um dos marcos do encontro foi a assinatura da aliança entre os governadores presentes, simbolizando um compromisso conjunto para o fortalecimento das políticas públicas ambientais no Brasil. Esse pacto representa um passo importante na construção de uma agenda integrada que busca equilibrar o desenvolvimento regional com a preservação da biodiversidade amazônica.
A união entre os estados, promovida por meio da Abema, visa estabelecer uma frente colaborativa que garanta a geração de oportunidades econômicas para as populações locais, ao mesmo tempo em que protege os ecossistemas e combate o desmatamento ilegal.