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“Organizamos muita coisa no Estado, mas agora é o momento da entrega”, diz Marcellus Campêlo

“Então, a gente precisa ser muito pragmático, muito objetivo. Organizamos muita coisa no Estado, mas agora é o momento da entrega. Nós vamos focar em entregar para a população que a gente já começou”, disse o Secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano e da Unidade Gestora de Projetos Especiais do AM, Marcellus Campêlo, em entrevista à jornalista Ana Flávia Oliveira, da Rede Onda Digital sobre as perspectivas para 2025, projetos em andamento e estudos promissores para o Amazonas.  

Para Campêlo, 2025 e 2026 serão anos importantes para o Amazonas. “O governador do Estado, Wilson Lima (UB), tem dois anos de mandato para concluir, existe um arranjo político de eleições, onde ele (Wilson Lima) tem demonstrado interesse de sair para o Senado, o que encurta o nosso cronograma de atuação na gestão dele”, pontuou.

Leia a entrevista na íntegra:

Rede Onda Digital – Quais são as principais prioridades da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano para lidar com o crescimento desordenado nas cidades do Amazonas, especialmente em Manaus?

Marcellus Campêlo – Então, dentro disso, a gente tem, no plano habitacional, nós temos 32 empreendimentos credenciados na Amazônia do meu lar, são mais de 3 mil equipas de unidades habitacionais disponível para o eixo de atuação, a linha de atendimento do FGTS, do financiamento, existe recursos já alocados na Caixa Econômica para financiar a entrada do meu lar para a população, então a gente vai focar forte nisso em cima. Nós já entregamos quase mil, já fizemos quase mil certificados, cheques de entrega para a população e a gente vai acelerar isso para ofertar habitação para a população. Nós temos unidades habitacionais com contratos assinados que já vão começar agora, nos próximos meses, as obras dentro do FGTS.

Nós temos o Prosamin, que deve entregar esse ano pelo menos 250/300 unidades habitacionais nós temos dois parques novos que serão construídos, que vão entregar no começo do ano que vem 160 unidades então nós temos o Prosai Parintins, que vai começar também esse ano com 504 unidades habitacionais somando todas essas ações, tem mais de 2.500 unidades habitacionais sendo construídas com o recurso do Estado do Amazonas dentro do programa Amazonas Meu Lar então a gente tem esse foco de entregar isso nós temos as obras do Prosamin avançando na Comunidade da Sharp, avançando na Manaus 2000 a gente vai entregar aquele trecho ali da Silves e Maués, que é uma obra de mobilidade urbana.

Ali tem uma estação de tratamento do Prosamin+, que vai ser concluída também e que a gente vai de uma vez por toda resolver o problema da coleta e tratamento de esgoto, aquela área da cachorrinha que ainda não tem essa coleta e tratamento. Nós temos o Ilumina Mais Amazonas, que vamos entregar 12 municípios esse ano.

Rede Onda Digital – Quais soluções inovadoras estão sendo implementadas ou estudadas para atender comunidades em áreas ribeirinhas e de difícil acesso na região?

Marcellus Campêlo – Para as comunidades ribeirinhas, a gente entende, no saneamento, que a gente vai resolver com a micro região, no médio e longo prazo, as séries dos municípios, que é onde a iniciativa privada vai se interessar. Quando veio a estiagem severa, a gente entendeu que precisaria ter um olhar diferenciado para as comunidades isoladas e felizmente todo mundo está se virando para isso.

Vou dar um exemplo, o BID, junto com a FUNASA do governo federal está fazendo um estudo, uma cooperação técnica para analisar exatamente como a gente consegue fazer uma gestão de saneamento em comunidades ribeirinhas, indígenas e isoladas. Para isso eles escolheram três estados da Federação para fazer projetos pilotos. Um dos estados, o Amazonas, em função da grande parceria que o BID tem, histórica desde 2006, aqui com o Prosamin, o Prosai, etc., eles escolheram o Amazonas, por ser um bioma diferenciado também, mas também pela parceria que tem com o governo do Amazonas. Então nós já começamos esses estudos, parceria BID, governo do Amazonas, FUNASA, e nós contratamos o Instituto Mamirauá para fazer um estudo de condução desse diagnóstico e para propor soluções para isso. Nós, nesse estudo, nós selecionamos. O município de Presidente Figueiredo que foi selecionado e dentro (do município) nós selecionamos a comunidade que vai ser feita esse piloto aqui no Amazonas.

Então lá a gente já está em contato com a comunidade, já teve as primeiras reuniões, aproveitamos agora com a nova gestão da Prefeitura para fazer essa aproximação com a Prefeitura também, nos dias 5 e 6 de fevereiro nós estaremos de lá, nossas equipes estarão lá nessa comunidade para avançar já nessa questão da governança em relação ao que vai ser executado de forma um projeto piloto. A ideia é que esses projetos pilotos aqui no Amazonas, nos outros dois estados brasileiros, eles tragam um diagnóstico de como a gente tem que atuar nas comunidades para a implantação de projetos para água, para esgoto, mas de forma sustentável.

Rede Onda Digital – Como a UGPE tem trabalhado para garantir a sustentabilidade ambiental em grandes obras de infraestrutura, considerando a sensibilidade ambiental da Amazônia?

Marcellus Campêlo – Nas grandes obras, vamos pegar um exemplo que está em curso que é o Prosai Parintins, uma grande obra de saneamento na cidade de Parintins que eleva a outras obras também de requalificação urbanística e também habitação por conta do reassentamento das pessoas. Neste caso, o quê que a gente faz em Parintins, a gente fez uma análise da capacidade instalada na Prefeitura para ver de que forma ela está hoje e o que precisa ser feito para fortalecer a Prefeitura de Parintins para que ela receba as obras que serão construídas e que a gente consiga tocar essas obras, manter essas obras funcionando. Assim que é feito no município de Maués e é feito aqui em Manaus com o Prosamin. Então a gente identifica isso, a Prefeitura propõe as melhorias em determinadas secretarias e órgãos lá e a gente vai fortalecer essas secretarias.

Nas comunidades isoladas, a ideia é que um dos produtos desse piloto seja de que forma a gente consegue fortalecer as comunidades locais para que elas possam manter esses sistemas que serão construídos. Essa não é uma tarefa somente do governo, é uma tarefa de governo, prefeitura e comunidades. Então a aproximação com as comunidades é muito importante. O ouvir das comunidades é muito mais importante para entender a necessidade deles. E como a gente pode chegar. Lembrando que comunidades que têm, por exemplo, uma vocação para o turismo, a gente pode, nesse ambiente, trazer os órgãos de turismo mais próximos da comunidade para fortalecer isso e para levar o turista lá. Uma vez o turista tendo lá, a atividade econômica se fortalece e a renda, para que possa ser colocada aquele investimento e se mantida aquele investimento, a renda possa existir para isso. Então é toda uma cadeia de fortalecimento, não só da comunidade, mas num arranjo institucional que vai ser desenhado comunidade por comunidade, dependendo da sua vocação.

O Secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano e da Unidade Gestora de Projetos Especiais do AM, Marcellus Campêlo, concedeu entrevista à jornalista Ana Flávia Oliveira, da Rede Onda Digital.
O Secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano e da Unidade Gestora de Projetos Especiais do AM, Marcellus Campêlo, concedeu entrevista à jornalista Ana Flávia Oliveira, da Rede Onda Digital.

Rede Onda Digital – Quais estratégias estão sendo utilizadas para atrair investimentos e parcerias público-privadas (PPPs) para projetos especiais no estado?

Marcellus Campêlo – Então, na microrregião de saneamento está muito claro o desenho. A microrregião vai criar esse ambiente jurídico. Esse ambiente favorável, esse ambiente seguro para a iniciativa privada chegar e investir nisso. No outro, por exemplo, nós recebemos uma equipe do Banco Mundial que se interessou e está próximo disso, porque esses bancos bilaterais têm uma ala que é voltada para trazer investimento privado para o setor público. Então, eles têm especialistas nessas áreas, têm os contratos do mundo todo. Por exemplo, lá na Amazônia e no interior eles querem investimentos para saneamento, então eles vão buscar no mundo todos os parceiros que querem investir na Amazônia para isso. Lembrando que a Amazônia sempre é um case emblemático, todos os empresários do mundo se voltam para cá e certamente eles querem estar associando as suas marcas a investimentos na Amazônia, principalmente quando for para beneficiar a população do interior. Então, eu acredito muito. Nesse modelo e eu acho que esse modelo vai ser de sucesso. A gente tem feito essas reuniões com esses organismos bilaterais para buscar recursos. O governador tem se desdobrado em vender os projetos voltados para o interior. Ele mostrou a questão do potássio em Autazes, mostrou a escola da floresta, mostrou a água boa, mostrou todas as ações que a gente tem feito no estado do Amazonas como um todo, para mostrar para o Banco Mundial todas as oportunidades que tem a respeito disso. Então, o governador tem sido esse porta-voz do estado do Amazonas para onde ele passa, mostrando essas potencialidades, inclusive o concreto de carbono, que agora é uma realidade já regulamentada em nível estadual, em nível federal, que certamente serão as grandes bandeiras do governador na COP30 no mercado de carbono.


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Sobre Marcellus Campêlo

Marcellus José Barroso Campêlo é natural de Manaus-AM, formado em Engenharia Civil e especialista em Saneamento Básico. Ocupa o cargo de secretário da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas, desde janeiro de 2019, órgão do qual também foi gestor em 2015. Especialista em saneamento básico, tendo exercido cargos de direção de empresas privadas e vários cargos na administração pública.

Assessor técnico, diretor administrativo financeiro, coordenador de sistemas administrativos, membro de comissão de licitação, presidente de comissão de licitação, secretário executivo estadual de infraestrutura.

Sobre UGPE 

A UGPE é um órgão de projetos estratégicos que contribuem para o desenvolvimento do Amazonas e para a qualidade de vida da população.  Dentre eles estão o Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), o Programa de Saneamento Integrado do Interior (Prosai), executado em Maués e em implantação em Parintins, o Ilumina+ Amazonas e o Asfalta Amazonas. Também mantém convênios com as Prefeituras, para realização de obras diversas em todo o estado.

Sobre Sedurb 

A Sedurb foi criada em abril de 2023 e tem como órgãos vinculados a UGPE, a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) e a Superintendência Estadual de Habitação (Suhab).

A pasta tem como finalidades o desenvolvimento da região metropolitana de Manaus, a formulação e implementação de políticas públicas de saneamento básico e habitação. Isso nas áreas de energia e de recursos hídricos.

Assim como o planejamento e o desenvolvimento de programas estruturantes de infraestrutura e projetos estratégicos de interesse do governo.

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