O vereador Carlos Bolsonaro (PL) apresentou um Projeto de Lei na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro que pretende proibir a presença de cardápios vegetarianos e veganos em escolas públicas e creches da cidade, além de impedir funcionários da educação de debaterem o tema, em qualquer contexto educacional.
Na justificativa do projeto, o vereador alega que existem controvérsias sobre o vegetariano e veganismo, apontando que a mudança na alimentação contradiz um suposto “carácter onívoro milenar” do ser humano.
Na proposta, o vereador ainda acrescentou um discurso negacionista contra o aquecimento global, que chamou de “besteira” e as mudanças climáticas, que classificou como “estupidez aguda e presunção boçaloide”.
“Se não há pacificação sobre ‘aquecimento global’ (uma besteira já mais que refutada e o motivo de desligamento de milhares de cientistas nos anos 2000 do chamado Painel Climático em função do fato de a Terra não estar aquecendo) e ‘mudanças climáticas’ (parafraseando o professor Felício, é uma estupidez aguda e uma presunção boçaloide achar que a humanidade tem a capacidade de alterar o clima de um planeta com 510 milhões de quilômetros quadrados), como justificar atochar, com o perdão da palavra, uma alimentação exclusivamente verde em vastas extensões da população, e especialmente em crianças e adolescentes?”, argumenta o vereador no projeto.
Saiba mais:
Alexandre de Moraes autoriza acesso de Carlos Bolsonaro às investigações da PF sobre “Abin paralela”
“Sempre amistosa”, diz Carlos Bolsonaro sobre convívio com Marielle
O projeto ainda ignora restrições alimentares e dietas religiosas, que utilizam o cardápio vegetariano como uma alternativa ao cardápio tradicional.
Os projetos que visam criar opções vegetarianas e veganas em escolas não excluem a oferta de alimentos derivados de animais, como a carne, apenas ampliam o cardápio para incluir pessoas que adotam esse tipo de alimentação.