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Bolsonaro sobre delação de Mauro Cid: “Foi tortura”

Em nova manifestação após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou como “tortura” a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.

A declaração ocorreu após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirar o sigilo dos depoimentos de Cid e conceder um prazo de 15 dias para que Bolsonaro e os demais 33 denunciados se manifestem sobre o conteúdo das acusações.

Em entrevista à CBN Recife, Bolsonaro afirmou que a delação foi obtida sob coerção e comparou o caso a anulações da Operação Lava Jato.

“A delação do Cid: tortura. Vocês viram parte dos vídeos vazados agora. Foi tortura. O Alexandre de Moraes ameaçando o pai, a esposa e a filha, e ele [Cid] mudando os seus posicionamentos. Isso quando ocorreu lá atrás, algo parecido ou mesmo grave do que isso até, anularam-se praticamente todos os processos da Lava Jato”, declarou o ex-presidente.

A delação de Mauro Cid serviu como base para a denúncia apresentada pela PGR, que aponta um suposto esquema golpista com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O grupo, que inclui Bolsonaro e aliados, foi denunciado pelos crimes de golpe de Estado e organização criminosa.

Mauro Cid e JAir Bolsonaro
Mauro Cid e ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

Delação de Mauro Cid

A decisão de Moraes de tornar públicos os depoimentos de Cid atende a uma reivindicação das defesas dos acusados, que alegavam falta de acesso à íntegra das declarações. Segundo os advogados, a liberação do conteúdo permitiria uma visão mais ampla sobre as acusações feitas pelo delator.

Na audiência em que prestou depoimento, Mauro Cid precisou esclarecer contradições identificadas pela Polícia Federal (PF). De acordo com Moraes, o tenente-coronel omitiu informações relevantes e tentou minimizar a gravidade dos fatos relatados. O ministro afirmou que o sigilo da delação não era mais necessário nem para preservar os direitos do colaborador, nem para garantir o êxito das investigações.

Com o fim do sigilo e a concessão de um prazo de 15 dias para manifestação dos denunciados, a defesa de Bolsonaro deve apresentar novos argumentos contra a delação de Mauro Cid. O caso segue em análise pelo STF, enquanto o ex-presidente e seus aliados reforçam críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao que consideram perseguição política.

Tenente-coronel Mauro Cid negou que teria dito ao STF que Jair Bolsonaro tinha conhecimento sobre plano para matar Lula, em 2022
Tenente-coronel Mauro Cid (Foto: Reprodução)

Saiba mais:


Bolsonaro diz que não planejou golpe

O ex-presidente negou qualquer articulação para um golpe de Estado ao fim de seu mandato.

“Não apoiei nem teve tentativa de golpe. Como eu posso dar golpe em mim mesmo? Você dá golpe contra uma autoridade investida do cargo”, argumentou.

“Duvido que vocês tenham visto essa tal minuta de golpe. Quem quer dar golpe deixa a Constituição de lado”, acrescentou.

Bolsonaro admitiu que discutiu a possibilidade de decretar estado de sítio e estado de defesa, mas ressaltou que essas medidas estariam dentro das previsões constitucionais. “Eram hipóteses de um remédio constitucional”, afirmou.

Crimes apontados pela PGR

A denúncia da PGR contra Bolsonaro inclui acusações de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio público.

Caso se torne réu, Bolsonaro poderá enfrentar sanções da Justiça, além da possibilidade de prisão. Atualmente, ele está sujeito a medidas cautelares, incluindo a retenção de seu passaporte, o que o impediu de comparecer à posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro deste ano.

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