IMAGENS FORTES: “Arrancaram a cabeça dele e deixaram na mata”, diz tia de jovem morto em megaoperação no RJ

(Foto: Reproduução)
A cabeça, com cabelos tingidos de vermelho, foi encontrada completamente separada do corpo que usava roupas camufladas em uma área de mata densa próxima ao Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, quase 24 horas após a operação policial mais letal da história do estado.
A manicure Beatriz Nolasco, que esteve no IML na manhã desta quarta-feira (29/10), afirmou que identificou o corpo de seu sobrinho Yago Ravel Rodrigues, de 19 anos, em um vídeo nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o corpo de um jovem decapitado, e sua cabeça sobre uma árvore. Beatriz diz que Yago não tinha outros ferimentos no corpo.
Em meio à revolta, ela afirmou:
“Meu sobrinho não tinha um tiro no corpo. Arrancaram a cabeça dele e deixaram na mata”
A megaoperação, realizada na terça-feira (28), deixou 121 mortos, sendo 117 suspeitos e quatro policiais, e teve como alvo o Comando Vermelho (CV), principal facção criminosa do Rio. O governador Cláudio Castro (PL) declarou que os mortos eram “criminosos” e que “eventuais erros seriam residuais”.
Na manhã de quarta-feira, moradores do Complexo da Penha levaram dezenas de corpos até a Praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, entre eles, estava o de Yago.
“Ele tinha apenas 19 anos. Era um menino bom, de família. Não teve direito a uma segunda chance”, lamentou a tia.
Em frente ao Detran, onde os familiares resolviam a parte burocrática antes de reconhecer os corpos no IML, a manicure se exaltou e afirmou que Yago era mototaxista e que não teria qualquer envolvimento com o crime e nem passagens pela polícia.
Na terça-feira, os complexos da Penha e do Alemão se transformaram em zonas de guerra, com 2,5 mil policiais fortemente armados enfrentando criminosos que usaram drones com explosivos e ergueram barricadas.
Mais tarde, uma cena chocante foi registrada: 26 pessoas detidas, sem camisa e descalças, foram colocadas no chão com as cabeças abaixadas.
Observadores afirmam que a violência e brutalidade dessa operação superaram qualquer outra ação recente no Rio de Janeiro. Mesmo assim, o governador Cláudio Castro classificou a ação contra os chamados “narcoterroristas” como “um sucesso”.
*Com informações de AFP, O Globo e Folha de S.Paulo.






