O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que pode ordenar bombardeios ao Irã caso o país do Oriente Médio não chegue a um acordo com Washington sobre seu programa nuclear.
A afirmação foi feita durante entrevista à emissora americana NBC neste domingo (30/03).
Trump revelou que há conversas em andamento entre autoridades americanas e iranianas sobre o tema, mas destacou que, se não houver um entendimento, recorrerá a ações militares.
Além da ameaça de ataque, o presidente também mencionou a possibilidade de impor tarifas econômicas ao Irã, caso as negociações fracassem.
“Há uma chance de que, se eles não fizerem um acordo, eu coloque tarifas secundárias sobre eles, como fiz quatro anos atrás”, afirmou.
Donald Trump faz ‘pressão’
A imposição de tarifas econômicas tem sido uma das principais estratégias de Trump neste seu segundo mandato.
Ele já havia adotado medidas semelhantes contra o México e o Canadá, seus principais parceiros comerciais, condicionando a retirada das taxas à colaboração desses países no controle da imigração e do tráfico de drogas na fronteira com os EUA.
Nesta semana, o ex-presidente deve anunciar uma nova política de tarifas recíprocas, cujos detalhes ainda não foram totalmente esclarecidos.
No entanto, a expectativa é que os Estados Unidos imponham taxas mais elevadas a países que, segundo o governo americano, adotam políticas comerciais desfavoráveis ao mercado dos EUA.
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Ameaça de tarifas contra a Rússia
Na mesma entrevista, Donald Trump também ameaçou impor tarifas entre 25% e 50% sobre todas as importações de petróleo russo, caso não consiga um acordo com Moscou para encerrar a guerra na Ucrânia.
O republicano expressou insatisfação com as recentes declarações do presidente russo, Vladimir Putin, sobre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Segundo Trump, Putin estaria demonstrando uma postura que “não caminha na direção certa”.
Na última quinta-feira (27/03), Putin sugeriu que o fim da guerra dependeria da saída de Zelensky da presidência e da convocação de novas eleições na Ucrânia.
O líder russo também mencionou a possibilidade de que uma administração temporária fosse instalada no país sob supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU), dos EUA e de países europeus.