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Texas processa fabricantes do Tylenol alegando que ocultaram riscos de autismo

O Texas é o primeiro estado americano a adotar oficialmente essa tese, que ganhou força com declarações recentes do presidente Donald Trump
28/10/25 às 16:09h
Texas processa fabricantes do Tylenol alegando que ocultaram riscos de autismo

(Foto: Getty Images)

O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, entrou com uma ação nesta terça-feira (28/10) contra a Kenvue, atual fabricante do Tylenol, e contra sua antiga controladora, a Johnson & Johnson. Paxton acusa as empresas de enganar os consumidores ao vender o remédio mesmo “sabendo de riscos de autismo em bebês” quando usado por gestantes.

O processo foi movido em um tribunal estadual e faz do Texas o primeiro estado americano a adotar oficialmente essa tese, que ganhou força com declarações recentes do presidente Donald Trump e do secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr. Ambos têm associado o uso doa medicação na gravidez a distúrbios neurológicos, como autismo e TDAH. A ligação apontada por Trump não possui comprovação científica.

Paxton, aliado de Trump e candidato ao Senado, disse ao anunciar a ação: “Ao responsabilizar a Big Pharma por envenenar nosso povo, ajudaremos a tornar a América saudável novamente”. A frase faz referência ao movimento “Make America Healthy Again”, criado por Kennedy Jr.

A Kenvue, atual fabricante do remédio, classificou o processo como “sem fundamento” e afirmou estar preocupada com a propagação de desinformação sobre o medicamento. Segundo a empresa, o Tylenol “continua sendo a opção mais segura para gestantes quando usado com orientação médica”. Já a Johnson & Johnson afirmou que vendeu sua divisão de produtos de consumo em 2023, transferindo toda a responsabilidade da marca para a Kenvue.


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Em setembro, a FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, informou que está revisando o rótulo do Tylenol após estudos indicarem uma possível ligação entre o uso de paracetamol na gravidez e distúrbios do desenvolvimento. Mesmo assim, a agência reforçou que não há provas dessa relação e manteve o remédio como seguro para gestantes.

A Comissão Europeia também afirmou que não existem evidências científicas que comprovem essa ligação. O Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia diz que o uso moderado do paracetamol é considerado seguro em qualquer trimestre, e o sistema de saúde do Reino Unido (NHS) recomenda o medicamento como primeira opção de analgésico durante a gestação.

*Com informações do G1.