Gordura no fígado: entenda sobre doença silenciosa e seus principais sintomas

Foto: Dr. Eduardo Usuy Junior.
A gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, é uma condição que tem se tornado cada vez mais comum entre os brasileiros. É uma doença que evolui de forma silenciosa, e que pode ter consequências graves.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença atinge cerca de um a cada três adultos, muitas vezes sem apresentar sintomas nas fases iniciais.
O endocrinologista Paulo Bittencourt, presidente do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), esclarece que a doença está ligada diretamente a excesso de peso, sedentarismo e resistência à insulina. Ele diz:
“O problema começa de forma discreta, mas pode evoluir para inflamações crônicas e fibrose, aumentando o risco de cirrose e câncer de fígado”.
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Fatores de risco
O desenvolvimento da esteatose hepática está associado a uma combinação de fatores metabólicos e hábitos alimentares. Entre os principais fatores de risco estão a obesidade, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o uso de alguns medicamentos e a diabetes tipo 2.
Segundo o Ministério da Saúde, a alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e proteínas magras, e a prática regular de atividade física são as medidas mais eficazes para prevenir o acúmulo de gordura no fígado. Reduzir o consumo de açúcar, alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas também é essencial.
Sintomas para se prestar atenção – e quando procurar um médico
- Cansaço frequente e sensação de fraqueza;
- Desconforto ou dor leve no lado direito do abdômen;
- Enjoo e perda de apetite;
- Inchaço abdominal;
- Alterações nos exames de sangue, com aumento das enzimas hepáticas.
Se os sintomas persistirem, como o cansaço e dor abdominal, é aconselhado procurar atendimento de um hepatologista ou endocrinologista. Exames de imagem, como o ultrassom, permitem um diagnóstico fácil. O tratamento é individualizado e, na maioria dos casos, envolve reeducação alimentar e acompanhamento médico contínuo.
Dadas as caraterísticas regenerativas do fígado, a condição pode ser revertida com tratamento.
*Com informações de Metrópoles






