O Dia Internacional do Cão-Guia é comemorado na última quarta-feira de abril de cada ano, marcando a criação da Federação Internacional de Associações de Cães-Guia em 26 de abril de 1989.
A data é uma oportunidade para celebrar o trabalho dos cães-guia em todo o mundo e conscientizar sobre a importância dos serviços deles para ajudar pessoas cegas ou com baixa visão a viver a vida de acordo com seus próprios termos.
Com uma tarefa tão importante, não é de se estranhar que tenhamos um Dia Internacional do Cão-guia. Afinal, eles são heróis que cuidam da nossa saúde em todos os momentos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem mais de 6 milhões de pessoas com deficiência visual, um número considerável em um país de 212,6 milhões de habitantes.
Porém, hoje não há um número suficiente de cães-guias para atender às necessidades das 6 milhões de pessoas. Na verdade, no país existem apenas 200 cachorros aptos para essa função.
No Brasil, existem apenas 207 cães guia em atividade, segundo dados da União Nacional de Usuários de Cães-Guia.
Para o coordenador do Programa Cão-Guia do Instituto Federal de Goiás Campus Urutaí, Brunno Naves, o maior desafio dos deficientes visuais é a implantação do cão-guia como política pública. “Hoje, temos cerca de 7 milhões de deficientes visuais e apenas 200 cães-guia trabalhando no Brasil.”
A declaração aconteceu durante uma reunião da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI com representantes de instituições que atuam no treinamento de cães-guia, em 2023.
Para deixar bem claro, o cão-guia, para quem tem deficiência visual, é mais que um companheiro para todos os momentos — são os seus olhos. Afinal, eles alertam os tutores sobre quando atravessar a rua, se há alguém no quarto, entre outras tarefas cotidianas, mas que se tornam grandes desafios para quem não dispõe de visão.
A Lei nº 11.126/2005, permite que esses animais podem frequentar todos os estabelecimentos, desde que estejam acompanhados dos seus tutores. Afinal, precisam ajudar nas tarefas diárias. Resumindo: o cão-guia pode entrar em qualquer lugar.
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Como ter um cão-guia?
Adquirir um cão-guia, ao contrário do que se pensa, é uma jornada complicada e demorada, já que há todo um processo de encontrar um cão que se enquadre no perfil do candidato e o período de treinamento e adaptação. Somando tudo, é um tempo de aproximadamente dois anos.
Não é fácil encontrar esses profissionais peludinhos. Para adotar um cão-guia é preciso encontrar instituições confiáveis e seguindo o seu passo a passo no cadastramento. Em geral, os requisitos incluem:
- ser maior de 18 anos;
- ter independência de orientação e mobilidade;
- dispor de tempo;
- possuir recursos financeiros para cuidar do peludinho.
Tenha em mente que a resposta não vai ser tão rápida assim, isso, porque atualmente existem mais de 400 pessoas na fila de espera. Mas saiba que é possível ter um processo mais ágil, já que o “match” entre o cão e o seu tutor é muito importante para a adoção
Depois disso, tanto o cão quanto o seu tutor passam pelo período de adaptação, que costuma durar de três a seis semanas. Todo o processo é acompanhado pelos profissionais do instituto, a fim de garantir também o bem-estar do animalzinho.
Curiosidades!
Raças
Sabia que existe raças cão-guia ideais para esse serviço?! No mundo inteiro, há mais de 20 raças na “ativa”; as mais comuns são aquelas que possuem temperamento mais calmo e amigável, bem como tendem a seguir ordens mais facilmente:
- Labradores;
- Golden Retriever;
- Pastor Alemão;
- Border Collie.
Aposentadoria
Sim, os cães-guia se aposentam. Em média, eles trabalham por cerca de 8 anos e, após esse período, podem ser adotados por famílias com quem já têm afinidade ou podem continuar a viver com o seu tutor, segundo a Fundação Dorina Nowill para Cegos. A aposentadoria pode ocorrer antes dos 8 anos se a saúde ou condição física do cão não permitir que ele continue trabalhando.
*Com informações de Petz e Metrópoles.