Economia do Amazonas foge da curva e PIB do segundo trimestre dispara

Dados do IBGE mostram que índice de desemprego no Brasil ficou em 6,2% no trimestre encerrado em outubro de 2024 (Foto: Miguel Ângelo/CNI)
A indústria amazonense cresceu 11,68% no segundo trimestre deste ano e impulsionou o Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas, que avançou 4,23% na comparação com o primeiro trimestre. A cifra é bem acima do crescimento do PIB brasileiro, que ficou em módicos 0,4% entre abril e junho deste ano.
Em temos absolutos, toda a riqueza produzida no Amazonas neste segundo trimestre somou R$ 45,9 bilhões, sendo R$ 16,9 bilhões somente do setor industrial.
Para o assessor econômico da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Alcides Saggioro, uma série de fatores contribuíram para o bom desempenho da economia amazonense neste trimestre, como o consumo das famílias e o setor de serviços locais.
“O aquecimento da indústria local impacta a demanda de serviços e essa característica faz com que a economia do Amazonas tenda a um crescimento superior à média nacional”, diz Saggioro, que estima um aumento ainda maior da economia do Amazonas ao longo deste segundo semestre.
Saiba mais:
Ficha limpa: Omar e Plínio votaram a favor da flexibilização; Braga votou contra
Reforma da previdência será analisada por três comissões em sessão conjunta
Amazonas mostra força diante de desafios globais
De acordo com o levantamento elaborado pelo Departamento de Estatística e Geoprocessamento da Sedecti na comparação com o segundo trimestre de 2024, o crescimento nominal foi de 8,93%, enquanto, descontada a inflação pelo IPCA, o aumento real foi de 3,40%.0
A Indústria de Transformação impulsionou o resultado, com destaque para a fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, que cresceu 13,89% na comparação anual. A fabricação de produtos diversos teve alta de 8,09% em relação ao trimestre anterior.
“A economia amazonense, no segundo trimestre de 2025, vem mantendo as expectativas de alto crescimento, influenciadas pelo aquecimento no mercado interno, algo que impacta não só a nossa produção industrial, mas reflete também no crescimento dos serviços”, destaca Saggioro.
O setor de serviços, que representa a maior fatia do PIB estadual, registrou R$ 20,1 bilhões no 2º trimestre de 2025, com crescimento nominal de 7,29% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de receita nominal do setor subiu 7,47%, enquanto o volume de serviços avançou 3,38%.
A agropecuária também contribuiu positivamente, alcançando R$ 1,6 bilhão no trimestre, com crescimento nominal de 6,27% em relação ao 2º trimestre de 2024.
