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Secas e cheias mais intensas: estudo do INPA alerta para futuro da Amazônia

Um estudo recente do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) traz um alerta preocupante sobre o futuro da maior floresta tropical do mundo. Segundo a pesquisa, as secas e cheias na Amazônia devem se tornar mais intensas e frequentes nas próximas décadas, influenciadas por fatores climáticos e pela degradação ambiental. colocando em risco a biodiversidade e a vida de milhões de pessoas.

Segundo o meteorologista Renato Senna, pesquisador do INPA e coordenador de hidrologia do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera (LBA/INPA), as bacias hidrográficas da Amazônia enfrentam uma situação de estiagem crítica para 2024, com previsões que indicam mais severidade quando comparado ao mesmo período do ano passado. O fim da estação seca, compreendido no trimestre de setembro, outubro e novembro, e o início da estação chuvosa, não apresenta sinais de recuperação significativa nas chuvas. Os oceanos Atlântico e Pacífico, responsáveis pela influência nas chuvas da região, estão próximos da neutralidade, o que não sugere uma melhora significativa no curto prazo.

Os impactos são profundos para as comunidades ribeirinhas, povos nativos e ecossistemas da Amazônia. A seca prolongada leva ao acúmulo de matéria seca no solo da floresta, criando condições favoráveis para incêndios e queimadas, muitas vezes de origem criminosa. Além disso, os locais enfrentam dificuldades como transporte, saúde e acesso à água potável. Porém, os nativos da região podem ser importantes aliados. “Temos relatos de diversas iniciativas em redes sociais que buscam esta integração com algum sucesso, mas precisamos de incentivos à educação e inclusão destes povos como programas de apoio e financiamento específico às instituições que atuam na região que incluam ações socioeducativas para promover ciência e cidadania”, ressaltou Renato Senna.

A atual crise ainda é intensificada por fenômenos climáticos, como o El Niño e o aquecimento anômalo do Atlântico Tropical Norte. Esses eventos reduziram as chuvas na região amazônica, dificultando o desenvolvimento das nuvens e comprometendo o abastecimento dos rios. O período de chuvas costuma iniciar no final de novembro, mas para 2024 ainda não há previsão de uma mudança significativa no padrão climático. Além disso, a fumaça das queimadas tem impactado a formação de nuvens de chuva, tornando a atmosfera mais estável e reduzindo a ocorrência de precipitações.


Leia mais:


Políticas públicas

Uma das medidas sugeridas por Senna é a implementação de formas de acesso à água potável para as populações tradicionais, como ribeirinhos e indígenas. “Precisamos implementar formas de acesso à água potável, seja por coleta e tratamento de água da chuva, mesmo em estações chuvosas deficitárias, ou por meio de poços artesianos profundos, garantindo que não haja contaminação durante as grandes enchentes”, destaca o pesquisador.

Outro ponto importante é a criação de uma logística de apoio para mitigar os impactos sobre a economia da região, especialmente no que diz respeito ao transporte de mercadorias. Atualmente, grandes estruturas estão sendo deslocadas para o polo industrial, mas, segundo Senna, “é essencial que os novos modais de transporte não favoreçam a ocorrência de mais crimes ambientais”.

Além disso, Senna ressalta a necessidade de um monitoramento mais eficaz das cheias e vazantes, permitindo a emissão de previsões e alertas precoces. “Do contrário, continuaremos avaliando os impactos do desastre e fazendo apenas a gestão de crise, que tem maior custo e impacto mais negativo sobre o ambiente, vidas e sociedade”, conclui.

Com informações da assessoria

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Um estudo recente do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) traz um alerta preocupante sobre o futuro da maior floresta tropical do mundo. Segundo a pesquisa, as secas e cheias na Amazônia devem se tornar mais intensas e frequentes nas próximas décadas, influenciadas por fatores climáticos e pela degradação ambiental. colocando em risco a biodiversidade e a vida de milhões de pessoas.

Segundo o meteorologista Renato Senna, pesquisador do INPA e coordenador de hidrologia do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera (LBA/INPA), as bacias hidrográficas da Amazônia enfrentam uma situação de estiagem crítica para 2024, com previsões que indicam mais severidade quando comparado ao mesmo período do ano passado. O fim da estação seca, compreendido no trimestre de setembro, outubro e novembro, e o início da estação chuvosa, não apresenta sinais de recuperação significativa nas chuvas. Os oceanos Atlântico e Pacífico, responsáveis pela influência nas chuvas da região, estão próximos da neutralidade, o que não sugere uma melhora significativa no curto prazo.

Os impactos são profundos para as comunidades ribeirinhas, povos nativos e ecossistemas da Amazônia. A seca prolongada leva ao acúmulo de matéria seca no solo da floresta, criando condições favoráveis para incêndios e queimadas, muitas vezes de origem criminosa. Além disso, os locais enfrentam dificuldades como transporte, saúde e acesso à água potável. Porém, os nativos da região podem ser importantes aliados. “Temos relatos de diversas iniciativas em redes sociais que buscam esta integração com algum sucesso, mas precisamos de incentivos à educação e inclusão destes povos como programas de apoio e financiamento específico às instituições que atuam na região que incluam ações socioeducativas para promover ciência e cidadania”, ressaltou Renato Senna.

A atual crise ainda é intensificada por fenômenos climáticos, como o El Niño e o aquecimento anômalo do Atlântico Tropical Norte. Esses eventos reduziram as chuvas na região amazônica, dificultando o desenvolvimento das nuvens e comprometendo o abastecimento dos rios. O período de chuvas costuma iniciar no final de novembro, mas para 2024 ainda não há previsão de uma mudança significativa no padrão climático. Além disso, a fumaça das queimadas tem impactado a formação de nuvens de chuva, tornando a atmosfera mais estável e reduzindo a ocorrência de precipitações.


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Políticas públicas

Uma das medidas sugeridas por Senna é a implementação de formas de acesso à água potável para as populações tradicionais, como ribeirinhos e indígenas. “Precisamos implementar formas de acesso à água potável, seja por coleta e tratamento de água da chuva, mesmo em estações chuvosas deficitárias, ou por meio de poços artesianos profundos, garantindo que não haja contaminação durante as grandes enchentes”, destaca o pesquisador.

Outro ponto importante é a criação de uma logística de apoio para mitigar os impactos sobre a economia da região, especialmente no que diz respeito ao transporte de mercadorias. Atualmente, grandes estruturas estão sendo deslocadas para o polo industrial, mas, segundo Senna, “é essencial que os novos modais de transporte não favoreçam a ocorrência de mais crimes ambientais”.

Além disso, Senna ressalta a necessidade de um monitoramento mais eficaz das cheias e vazantes, permitindo a emissão de previsões e alertas precoces. “Do contrário, continuaremos avaliando os impactos do desastre e fazendo apenas a gestão de crise, que tem maior custo e impacto mais negativo sobre o ambiente, vidas e sociedade”, conclui.

Com informações da assessoria

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