No último dia 17 de janeiro, um grave acidente no Rio Madeira, em Manicoré, no interior do Amazonas, resultou na morte de quatro pessoas, incluindo uma mãe e seus três filhos pequenos. A tragédia, causada pela colisão de uma balsa carregada de soja com casas flutuantes na comunidade de Urumatuba, chocou a região e gerou uma série de medidas por parte das autoridades locais.
Nesta terça-feira (11/2) o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) coordenou uma inspeção no local, com representantes da Prefeitura de Manicoré e das Polícias Civil e Militar. A fiscalização tem como objetivo aprofundar as investigações sobre as causas do acidente e garantir que as famílias afetadas recebam o apoio necessário.
A balsa, segundo informações do comandante, estava com carga excessiva, o que dificultou a sua manobrabilidade e evitou uma possível reação rápida ao iminente acidente. O piloto da embarcação relatou que, devido ao peso da carga, a colisão foi inevitável. A situação foi ainda mais agravada por uma forte neblina que cobria a área na madrugada do dia do acidente, o que pode ter comprometido a visibilidade e dificultado a navegação.
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A tragédia vitimou Talita Ferreira Lago, de 22 anos, e seus três filhos, com idades de 4, 2 e 1 ano, que estavam dormindo em uma das casas flutuantes atingidas. Embora o corpo de Talita tenha sido encontrado, seus filhos continuam desaparecidos, o que aumentou ainda mais o sofrimento e a angústia dos familiares e da comunidade.
A dor da perda de Talita e seus filhos ainda ecoa na comunidade de Urumatuba, que espera, agora, que as investigações tragam respostas e que as famílias afetadas recebam a justiça e o apoio que merecem. Enquanto isso, o MPAM segue firme no compromisso de acompanhar os desdobramentos do caso e de garantir que a tragédia não se repita.