Na sessão do Congresso Nacional, desta sexta-feira (22/12), para aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA), o fundo eleitoral bilionário para as eleições de 2024 uniu o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL), legendas declaradamente adversárias. Ambas as siglas defenderam o valor de R$ 4,9 bilhões de reais, previsto no relatório do projeto.
Em 2020, o valor foi R$ 2 bilhões. Para 2024, o montante é mais que o dobro e iguala a verba das eleições presidenciais de 2022. A medida foi uma das que mais provocou discussões durante a votação do Orçamento.
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu que o valor fosse o mesmo das eleições de 2020, mas corrigido pela inflação e disse que se comprometeria a fazer um ajuste com o Congresso em 2024, caso o Legislativo aceitasse um destaque apresentado pelo Partido Novo para reduzir o valor do fundo eleitoral ao mesmo montante apresentado pelo governo, de aproximadamente R$ 900 milhões.
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A reação uniu as maiores bancadas do Congresso – PT e PL – que optaram pelo fundo eleitoral maior, de olho nas eleições de 2024.
O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR), explicou porque o partido apoiou o valor apresentado no relatório. “Sempre defendemos financiamento público e o valor que está no relatório”, disse.
Já o líder do PL, Altineu Côrtes (PL-RJ), defendeu em plenário o valor do fundo. O parlamentar justificou que 2020 foi uma eleição atípica em razão da pandemia. “O valor é alto? É alto. Nós devemos discutir a unificação das eleições, mas não dá para comparar com as eleições que nós tivemos durante a pandemia”, discursou.