Empresas ligadas a grandes nomes da música brasileira foram beneficiadas pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado pela Lei 14.148/2021 para mitigar os impactos da pandemia no setor.
Entre janeiro e agosto de 2024, artistas como Ana Castela, Wesley Safadão e Pabllo Vittar figuraram na lista divulgada pela Receita Federal, somando valores milionários em isenções tributárias.
O Perse permitiu que empresas ligadas ao setor de eventos, severamente impactadas pelas restrições da pandemia, renegociassem dívidas, recebessem indenizações e obtivessem isenções fiscais. Entre os artistas que se beneficiaram estão:
- Gusttavo Lima – R$ 18,8 milhões
- Ana Castela – R$ 9,5 milhões
- Simone Mendes – R$ 8,8 milhões
- Wesley Safadão – R$ 7,8 milhões
- Ludmilla – R$ 5,7 milhões
- Mari Fernandez – R$ 5,2 milhões
- João Gomes – R$ 4,8 milhões;
- Zé Vaqueiro – R$ 4,6 milhões
- Felipe Amorim – R$ 3,2 milhões
- Ferrugem – R$ 1,1 milhão;
- Pabllo Vittar – R$ 724,6 mil;
- Luísa Sonza – R$ 561,9 mil.
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Sobre o Perse
O Perse foi idealizado para proteger empresas do setor cultural e de eventos, que ficaram paralisadas durante os períodos de proibição de aglomerações. O programa, no entanto, se tornou alvo de debates após a pandemia, especialmente no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com foco em aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs o fim antecipado do benefício. Após intensas negociações no Congresso, o governo conseguiu aprovar uma lei que prevê a extinção do Perse até 2026, com um teto de R$ 15 bilhões em benefícios até lá.
*Com informações de Folha de S. Paulo e Poder 360