No seu primeiro discurso como presidente eleito do Brasil, ontem à noite, Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de uma unificação nacional e se comprometeu com o combate à fome e à miséria, prioridades do seu novo governo. Ele falou em São Paulo em um hotel no Jardins ao lado de correligionários, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o candidato derrotado para o governo paulista Fernando Haddad, o seu vice Geraldo Alckmin e Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições.
Lula disse:
“A partir de 1° de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiras e brasileiros e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo e uma grande nação”.
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Ainda no discurso, Lula defendeu que o povo brasileiro fez a escolha pela democracia e se comprometeu também com a retomada da economia.
Embora o candidato derrotado, o presidente Jair Bolsonaro, ainda não tenha se pronunciado, a vitória de Lula já foi comentada pelos presidentes das duas casas políticas do país. Arthur Lira, presidente da Câmara, já parabenizou o presidente e afirmou:
“A maioria registrada nas urnas jamais deverá ser contestada e seguiremos em frente na construção de um país soberano, justo e com menos desigualdades”.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também afirmou que o resultado das urnas é incontestável e completou:
“O papel dos novos mandatários é seguramente o de reunificarem o Brasil, buscarem encontrar, através da União, as soluções reclamadas pela sociedade brasileira. Dando um basta ao ódio, à intolerância, ao respeito às divergências, temos um país plural e diverso. O exemplo das instituições é fundamental que sejam dados para que a sociedade brasileira possa se reunir novamente e que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, possa governar para todos”.