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“Seja de qual governo for, vai ter que ser punido”, diz Omar Aziz sobre CPMI que investigará fraudes no INSS

“Seja de qual governo for, vai ter que ser punido”, diz Omar Aziz sobre CPMI que investigará fraudes no INSS

O senador destacou que pretende contar com o apoio de órgãos como a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) para investigar profundamente os desvios e empréstimos consignados

Lucas Costa
Por Lucas Costa | 14/08/25 às 19:10h

O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou nesta quinta-feira (14/08) que irá presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que lesaram milhares de aposentados e pensionistas em todo o país.

Segundo o parlamentar, a comissão atuará de forma técnica, sem viés político, e com o objetivo de punir os responsáveis, independentemente de qual governo tenham feito parte — seja o de Jair Bolsonaro (PL) ou o do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Aquele que fez alguma coisa que prejudicou os pensionistas, seja de qual governo for, vai ter que ser punido. Não me interessa o governo. Se houve erro no governo Bolsonaro, que se responda. Se foi no governo Lula, o tratamento será o mesmo”, afirmou Aziz.

O senador destacou que pretende contar com o apoio de órgãos como a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) para investigar profundamente os desvios e empréstimos consignados realizados sem autorização dos beneficiários.

“Não vamos politizar. Vamos agir tecnicamente. Só para se ter ideia, há notícia de mais de R$ 90 bilhões em empréstimos consignados feitos para aposentados apenas em 2023. Muitos dizem que nunca autorizaram esses contratos. Precisamos investigar para onde esse dinheiro foi”, declarou.


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Aziz também afirmou que a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal já estão com investigações avançadas, mas que a CPMI pode oferecer maior transparência à sociedade.

“A CGU e a Polícia Federal estão adiantadas nas apurações, mas é fundamental que a população saiba exatamente o que ocorreu. A CPMI vai dar essa visibilidade”, completou.

A comissão foi oficialmente criada pelo Congresso Nacional após o surgimento de denúncias envolvendo descontos indevidos e fraudes em empréstimos consignados, atingindo mais de 4 milhões de beneficiários do INSS, com prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Até o momento, a CPMI conta com o apoio de 223 deputados e 36 senadores e deve iniciar seus trabalhos ainda no segundo semestre deste ano.

Assista ao vídeo: