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MP investiga se água distribuída em Humaitá atende padrão de potabilidade exigido por lei

MP investiga se água distribuída em Humaitá atende padrão de potabilidade exigido por lei

Lucas Costa
Por Lucas Costa | 28/07/25 às 15:49h

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) quer saber se a água que chega às torneiras da população de Humaitá é, de fato, própria para consumo. Com base em denúncias sobre a má qualidade do fornecimento, o órgão instaurou um procedimento administrativo para investigar a atuação da Companhia Humaitaense de Águas e Saneamento Básico (Cohasb) e verificar se a empresa está cumprindo os padrões legais de potabilidade.

A apuração, conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça de Humaitá, vai além da denúncia pontual. Ela se ancora no Novo Marco Legal do Saneamento, que estabelece a meta de universalização do abastecimento com água potável até 2033, além de outras normas como a Portaria nº 888/2021 do Ministério da Saúde, que regula a vigilância da qualidade da água para consumo humano, e a Lei das Águas (Lei nº 9.433/97), que trata da preservação dos recursos hídricos.

Como primeira medida, o MPAM solicitou à Cohasb que, no prazo de dez dias, apresente relatórios atualizados sobre a qualidade da água, documentos técnicos que comprovem os índices de potabilidade e um cronograma de limpeza do sistema de abastecimento do município. A Prefeitura de Humaitá também foi notificada e deve prestar informações sobre a situação no mesmo prazo.

A Vigilância Sanitária municipal foi acionada para realizar uma perícia técnica nos reservatórios da concessionária. O laudo com os resultados deverá ser encaminhado ao MP no mesmo período, contribuindo para a análise do cenário e para a definição de eventuais providências legais.


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Segundo o promotor de Justiça Weslei Machado, responsável pela medida, o fornecimento de água potável é um direito básico da população.

“Nosso objetivo é garantir que os cidadãos de Humaitá tenham acesso a um serviço essencial que atenda aos padrões de qualidade exigidos por lei, com responsabilidade e transparência por parte do poder público e da concessionária”, afirmou.