A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (11/9) que é essencial frear a regularização de terras desmatadas ilegalmente, em um esforço para combater a crise ambiental no Brasil. Ela também defendeu o aumento de pena para quem pratica crimes ambientais.
Em conversa com a imprensa, a ministra disse que a atuação de grupos criminosos, que utilizam o fogo como ferramenta para avançar sobre a floresta, se tornou mais sofisticada e perigosa:
“A criminalidade, sabendo que a floresta está perdendo umidade, fazendo uma aliança com a mudança do clima, que é atear fogo em floresta para destruir a floresta sem ter que desmatar. Portanto, essa sangria da regularização de área ilegalmente ocupada é algo que tem que ser estancado para não gerar nenhum tipo de vantagem dessa forma criminosa de destruir floresta”.
Marina continuou, defendendo uma punição maior para os destruidores da floresta:
“Está sendo trabalhado também a elevação de pena. Hoje a pena é algo entre um ou dois anos. É preciso elevar a pena para aqueles que queimam com a intenção de queimar”.
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Já no Pantanal, mais de 80% dos incêndios registrados tiveram início dentro de propriedades particulares, um padrão também observado na Amazônia. A ministra apresentou o dado:
“No caso do fogo, os incêndios começam da porteira pra dentro. No caso do Pantanal são mais de 80% dentro de propriedades particulares. Na Amazônia também”.
Diante desse cenário, a regularização de terras desmatadas ilegalmente, sem a devida fiscalização, e citada pela ministra, é vista como um estímulo à prática criminosa.
Com informações de G1.