O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou preocupação com o aumento no preço dos alimentos e afirmou que o governo busca medidas mais drásticas para conter a alta dos valores. A declaração foi feita nesta sexta-feira (7/3), um dia após o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) anunciar um pacote de medidas, incluindo a isenção de impostos sobre a importação de alguns produtos.
🥚 “Eu ainda não encontrei uma galinha pedindo aumento do ovo”
Diz Lula sobre a alta dos alimentos⤵️⤵️⤵️ pic.twitter.com/UHG2my0aC8
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) March 8, 2025
“Agora eu estou preocupado com os preços dos alimentos, estou muito preocupado. Ontem, foi feita uma reunião no palácio, com muitos ministros e empresários. Já tomamos algumas medidas, mas eu quero entender por que o preço do ovo está tão alto. A galinha não está cobrando caro pelo ovo”, disse Lula durante evento em Minas Gerais. “Eu ainda não encontrei uma galinha pedindo aumento pelo ovo”.
Leia mais
VÍDEO: Bolsonaro diz que mulheres petistas são “feias” e “incomíveis”
Braga Netto apresenta defesa ao STF e nega envolvimento em plano para matar Lula
Medidas para conter a inflação dos alimentos
O governo federal decidiu zerar a alíquota de importação de diversos itens para reduzir o custo de produtos essenciais para os brasileiros. Os alimentos afetados pela medida são:
- Café – antes taxado em 9%;
- Azeite de oliva – 9%;
- Óleo de girassol – 9%;
- Milho – 7,2%;
- Açúcar – 14%;
- Sardinha – 32%;
- Biscoito – 16,2%;
- Massa alimentícia – 14,4%;
- Carne – 10,8%.
Lula destacou que, caso essas ações não sejam suficientes para frear a alta dos preços, o governo poderá adotar medidas ainda mais rígidas. “O que interessa é levar comida barata para a mesa do povo brasileiro”, afirmou o presidente.
Reforma agrária e investimento no setor rural
A fala de Lula ocorreu durante evento em Minas Gerais, onde entregou 12.297 lotes de terra para famílias acampadas em 138 assentamentos rurais, totalizando 385 mil hectares em 24 estados.
Além disso, o governo anunciou um investimento de R$ 1,6 bilhão em 2025 para crédito de instalação, apoio inicial à habitação rural e incentivo a jovens e mulheres na reforma agrária. Também foram assinados sete decretos que garantem 13.307 hectares de terras para cerca de 800 famílias, com um aporte de R$ 189 milhões.
Outra medida adotada foi a destinação de terras da União para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), criando assentamentos em estados como Paraná, Bahia, Pará e Mato Grosso para 153 famílias.
Com a preocupação sobre a inflação dos alimentos dominando parte do discurso, Lula reforçou que o governo busca soluções pacíficas, mas que não descarta intervenções mais rigorosas caso os preços continuem subindo.
*Com informações do Metrópoles.