Governo Lula exonera aliados de deputados que votaram contra MP do IOF; entenda

(Foto: Divulgação)
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou um novo pente-fino em cargos indicados pelo Centrão, após sofrer uma derrota no Congresso Nacional. Deputados de partidos da base votaram pela derrubada da medida provisória alternativa ao IOF, o que resultará em perda de arrecadação estimada em R$ 17 bilhões até o fim de 2026.
Em resposta, o Planalto começou a promover exonerações de aliados políticos em cargos estratégicos. Até o momento, sete pessoas ligadas ao Centrão foram demitidas, incluindo nomes indicados por PP, PL, PSD e MDB. As mudanças atingiram postos na Caixa Econômica Federal, no Ministério da Agricultura e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Roraima.
As trocas também ocorreram em quatro superintendências estaduais do Ministério da Agricultura, localizadas no Paraná, Maranhão, Pará e Minas Gerais — estados onde deputados do PSD votaram majoritariamente contra o governo.
Entre os demitidos estão:
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José Trabulo Júnior, consultor da presidência da Caixa e ligado ao senador Ciro Nogueira (PP-PI);
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Wellington Reis de Sousa, superintendente da Agricultura no Maranhão (PSD);
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Juliana Azevedo Bianchini, superintendente da Agricultura no Paraná (PSD);
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Jesus de Nazareno Magalhães de Sena, superintendente no Pará (PSD);
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Everton Augusto Paiva Ferreira, superintendente em Minas Gerais (PSD);
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Paulo Rodrigo de Lemos, vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa (PL);
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Igo Gomes Brasil, superintendente do Dnit em Roraima (MDB).
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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, vai “meter a faca” nos cargos do Centrão. Segundo ele, os principais alvos são os vice-presidentes da Caixa Econômica Federal.
Apesar disso, o presidente da Caixa, Carlos Viana, indicado por Arthur Lira (PP-AL), deve permanecer no cargo. Dos 12 vice-presidentes do banco, 11 estão na mira do Planalto e podem ser substituídos. A Vice-Presidência de Habitação, atualmente sob comando do PT, deve ser mantida.
Líderes da Câmara apontam que Ciro Nogueira (PP) e Gilberto Kassab (PSD) atuaram em sintonia com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para articular a queda da MP, embora o governador negue a participação.
*com informações de Poder360
