A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reafirmou sua posição contrária à anistia para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Em entrevista ao programa PodK Liberados, da RedeTV!, no último domingo (16/03), ela destacou a gravidade dos ataques às sedes dos Três Poderes e rejeitou qualquer flexibilização nas punições.
Durante a conversa, Gleisi lembrou sua presença em Brasília no dia dos atos e classificou as cenas como “um horror”.
“Foi um horror o que aconteceu. Eu estava aqui e fui ver os Três Poderes, a quebradeira”, afirmou.
“Então não pode ter anistia, as pessoas têm que responder, é óbvio que defendo o devido processo legal”, completou ela.

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A ministra ressaltou que as punições aplicadas até agora indicam que houve comprovação de atos graves por parte dos condenados.
O posicionamento da ministra entra em choque com parlamentares e setores que questionam o rigor das penas impostas. Enquanto defensores da anistia argumentam que há exageros na punição, Gleisi sustenta que os julgamentos seguem o devido processo legal e que a responsabilização é necessária.
Gleisi Hoffmann critica radicais
Ainda na entrevista, quando questionada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) sobre a possibilidade de diálogo com parlamentares mais radicais da oposição, a ministra disse:
““Com os mais radicais não [vou tentar diálogo]. Tinha um ditado que a minha avó dizia assim: não gaste vela com santo ruim… Entendeu? Então, se eu não vou convencer… Vou tratar bem, obviamente, respeitar porquê eu não trato ninguém mal”.
Ela afirmou que respeita todos os parlamentares, mas prefere direcionar esforços para aqueles dispostos ao diálogo. Gleisi destacou que buscará conversas com a oposição moderada, mas descartou interações com figuras que, segundo ela, “gritam e agridem”.
Segundo Gleisi, o objetivo será tentar o diálogo com os integrantes da oposição que são “da conversa”.
“Com aqueles que gritam, com aqueles que agridem, aí não tem diálogo”, concluiu Gleisi HoffmaNN.