Gilmar Mendes chama Fux de “figura lamentável” e o aconselha a fazer terapia

(Foto: reprodução)
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Luiz Fux, tiveram uma discussão no plenário, nesta quinta-feira (16/10). Segundo fontes, o bate boca entre os ministros ocorreu na presença dos demais membros da Corte e alguns interlocutores presentes no local. A discussão foi motivada por um julgamento envolvendo o senador Sergio Moro (União-PR). As informações são da CNN Brasil.
Segundo a reportagem publicada pelo portal, Gilmar ironizou Fux por ter interrompido a análise de um recurso no qual Moro tentava reverter a decisão que o tornou réu por calúnia contra o próprio Gilmar Mendes.
O processo estava em tramitação no plenário virtual da Primeira Turma e já contava com quatro votos contra o pedido do senador antes do pedido de vista de Fux, que suspendeu o processo por até três meses.
Durante a discussão, Gilmar teria sugerido que o colega “fizesse terapia para se livrar da Lava Jato”, em referência à atuação de Fux durante o período da operação.
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Os dois ministros têm histórico de divergências sobre a Operação Lava Jato. Enquanto Gilmar foi um dos principais críticos dos métodos da força-tarefa, Fux era visto como um dos apoiadores da operação e mantinha relação próxima com Moro, que na época era juiz e responsável pelos processos em Curitiba.
Em resposta, Fux afirmou que pediu vista no caso de Moro para realizar uma análise mais detalhada e disse estar incomodado com críticas que Gilmar teria feito a seu respeito em outras ocasiões. O decano, por sua vez, confirmou as críticas e declarou que as fazia publicamente, classificando o colega como uma “figura lamentável”.
Gilmar também mencionou o voto de Fux no julgamento da Primeira Turma que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão. Na ocasião, Fux votou pela absolvição de Bolsonaro e condenação do tenente-coronel Mauro Cid, apontado como delator da tentativa de golpe. Segundo o decano, o voto de Fux, de “12 horas de duração”, teria causado insatisfação entre os demais ministros.
Até o fechamento desta reportagem, os ministros não se manifestaram sobre a discussão.
*Com informações da CNN Brasil.
