CPI do Crime Organizado é instalada no Senado; presidente é do governo

O Senado instalou nesta terça-feira (4/11) a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigará o crime organizado no país. O senador governista Fabiano Contarato (PT-ES) será o presidente da CPI, que significa um alívio pelo potencial de desgaste que a comissão pode representar para a gestão Lula.

Contarato recebeu 6 votos. Ele ganhou por um voto à frente do nome da oposição, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que conquistou cinco. Após a derrota e em acordo na comissão, Mourão ficou com a vice-presidência.

Ao todo, são 11 integrantes titulares e sete suplentes. A abertura dos trabalhos da comissão nesta manhã foi conduzida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), por ser o decano da Casa.

A CPI foi criada em junho, mas desde então estava travada, aguardando a indicação dos integrantes. A megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro na semana passada, que deixou 121 mortos, serviu como fator para a instalação.

O objetivo principal é investigar a atuação de organizações criminosas e milícias no país. A CPI mira o “modus operandi” dos grupos e a sugestão de medidas de combate.

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Nomes da oposição reclamaram de um petista no comando do colegiado. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que os governistas não assinaram o pedido de instalação da comissão e mesmo assim ficaram com a presidência.

Contarato já divergiu do PT sobre segurança e afirmou que será fiel a seus ideais. Em discurso antes da eleição do presidente da CPI, ele lembrou que atuou como delegado por 27 anos e que votou pelo fim da “saidinha” de presos, sendo contra o veto de Lula sobre o assunto.

Veja a seguir os integrantes da CPI:

Titulares