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Bolsonaro vê condenação como ‘pena de morte’: “Não tenho mais condições de encarar um presídio”

Aos 70 anos, Bolsonaro declarou que não haveria mais tempo para um retorno à vida pública caso fosse condenado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (14/05), em entrevista ao portal UOL, que uma eventual condenação à prisão por 20 ou 40 anos encerraria sua trajetória política. Aos 70 anos, Bolsonaro declarou que não haveria mais tempo para um retorno à vida pública caso fosse condenado.

Se eu for condenado, acabou”, disse, acrescentando que uma sentença desse porte representaria uma pena de morte política e física.

“Pra mim é pena de morte, política e física, porque entendo que não tenho mais condições de encarar um presídio”, afirmou o ex-presidente, ao comentar sobre a possibilidade de ser preso.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux votaram pela aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ainda restam os votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Quem são os réus e quais são as acusações? Além de Bolsonaro, foram denunciados Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e deputado federal, Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil. Os réus responderão por cinco crimes: Organização criminosa armada; Tentativa de golpe de Estado; Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito; Dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; Deterioração de patrimônio tombado. A PGR aponta Bolsonaro como líder da suposta organização criminosa, que teria iniciado o plano golpista em 2021, ao questionar a segurança das urnas eletrônicas. Os argumentos dos ministros Alexandre de Moraes O ministro Alexandre de Moraes argumentou que há indícios razoáveis contra Bolsonaro, citando que o ex-presidente teria articulado um plano para desacreditar as urnas eletrônicas e incitar a população a pedir uma intervenção militar. Moraes mencionou a live em que Bolsonaro questionou o sistema eleitoral e a reunião com embaixadores em 2022, que levou à sua inelegibilidade. O ministro também citou depoimentos de réus confessos, que indicaram que o plano era convocar uma GLO no dia 8 de janeiro, para que o Exército tomasse o poder. Além disso, destacou que Bolsonaro teria ignorado o relatório oficial que atestava a segurança das urnas, mandando produzir um documento questionando a integridade do sistema eleitoral. Flávio Dino O ministro Flávio Dino acompanhou integralmente o voto de Moraes. Ele ressaltou que um golpe de Estado é uma afronta direta à democracia e pode causar mortes, comparando com o golpe militar de 1964. Dino também destacou que muitos dos envolvidos eram militares ou policiais armados, o que, segundo ele, reforça a tese de uma organização criminosa armada. Próximos passos Agora, os réus deverão prestar depoimentos e apresentar suas defesas. Testemunhas serão ouvidas e novas provas podem ser coletadas antes do julgamento final, que decidirá se os acusados serão condenados ou absolvidos.
(Foto: Reprodução/Internet)

Bolsonaro destacou ainda que sua intenção é tentar reverter a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “até o último segundo”, na esperança de disputar novamente a Presidência da República. Segundo ele, o momento para concorrer ao cargo é agora, deixando claro que uma condenação inviabilizaria completamente esse plano.

Veja um trecho da entrevista:

 

Bolsonaro é réu por tentativa de golpe 

Jair Bolsonaro se tornou réu em 26 de março de 2025, após a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar, por unanimidade, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A acusação envolve o ex-presidente e outras sete pessoas, todos investigados pela suposta tentativa de golpe de Estado entre o final de 2022 e o início de 2023.

Jair Bolsonaro - STF
Bolsonaro acompanhou o julgamento no primeiro dia (Foto: reprodução/ Gustavo Moreno/ STF)

A votação no STF foi unânime, com cinco votos favoráveis ao recebimento da denúncia, incluindo o do relator, ministro Alexandre de Moraes. Segundo Moraes, há indícios suficientes para abrir uma ação penal e apurar se Bolsonaro liderou um plano para subverter a ordem democrática, atacar a credibilidade das urnas eletrônicas e participar da elaboração da minuta do golpe.

Com a aceitação da denúncia, o processo avança para a fase de instrução processual, prevista na Lei 8.038/1990. Nessa etapa, serão colhidos depoimentos de testemunhas indicadas pelas partes, além da apresentação de provas.

Instrução processual começa em maio

O cronograma estabelecido pelo STF marca o início das oitivas para o dia 19 de maio de 2025, com previsão de conclusão até 2 de junho de 2025. As testemunhas convocadas serão ouvidas para esclarecer os fatos e auxiliar na formação do convencimento dos ministros da Corte.

A defesa de Jair Bolsonaro nega as acusações e promete apresentar elementos para comprovar a inocência do ex-presidente. Já a PGR sustenta que Bolsonaro teve participação ativa nos eventos investigados, incluindo ataques à legitimidade do processo eleitoral e articulações para inviabilizar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (14/05), em entrevista ao portal UOL, que uma eventual condenação à prisão por 20 ou 40 anos encerraria sua trajetória política. Aos 70 anos, Bolsonaro declarou que não haveria mais tempo para um retorno à vida pública caso fosse condenado.

Se eu for condenado, acabou”, disse, acrescentando que uma sentença desse porte representaria uma pena de morte política e física.

“Pra mim é pena de morte, política e física, porque entendo que não tenho mais condições de encarar um presídio”, afirmou o ex-presidente, ao comentar sobre a possibilidade de ser preso.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux votaram pela aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ainda restam os votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Quem são os réus e quais são as acusações? Além de Bolsonaro, foram denunciados Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e deputado federal, Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil. Os réus responderão por cinco crimes: Organização criminosa armada; Tentativa de golpe de Estado; Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito; Dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; Deterioração de patrimônio tombado. A PGR aponta Bolsonaro como líder da suposta organização criminosa, que teria iniciado o plano golpista em 2021, ao questionar a segurança das urnas eletrônicas. Os argumentos dos ministros Alexandre de Moraes O ministro Alexandre de Moraes argumentou que há indícios razoáveis contra Bolsonaro, citando que o ex-presidente teria articulado um plano para desacreditar as urnas eletrônicas e incitar a população a pedir uma intervenção militar. Moraes mencionou a live em que Bolsonaro questionou o sistema eleitoral e a reunião com embaixadores em 2022, que levou à sua inelegibilidade. O ministro também citou depoimentos de réus confessos, que indicaram que o plano era convocar uma GLO no dia 8 de janeiro, para que o Exército tomasse o poder. Além disso, destacou que Bolsonaro teria ignorado o relatório oficial que atestava a segurança das urnas, mandando produzir um documento questionando a integridade do sistema eleitoral. Flávio Dino O ministro Flávio Dino acompanhou integralmente o voto de Moraes. Ele ressaltou que um golpe de Estado é uma afronta direta à democracia e pode causar mortes, comparando com o golpe militar de 1964. Dino também destacou que muitos dos envolvidos eram militares ou policiais armados, o que, segundo ele, reforça a tese de uma organização criminosa armada. Próximos passos Agora, os réus deverão prestar depoimentos e apresentar suas defesas. Testemunhas serão ouvidas e novas provas podem ser coletadas antes do julgamento final, que decidirá se os acusados serão condenados ou absolvidos.
(Foto: Reprodução/Internet)

Bolsonaro destacou ainda que sua intenção é tentar reverter a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “até o último segundo”, na esperança de disputar novamente a Presidência da República. Segundo ele, o momento para concorrer ao cargo é agora, deixando claro que uma condenação inviabilizaria completamente esse plano.

Veja um trecho da entrevista:

 

Bolsonaro é réu por tentativa de golpe 

Jair Bolsonaro se tornou réu em 26 de março de 2025, após a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar, por unanimidade, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A acusação envolve o ex-presidente e outras sete pessoas, todos investigados pela suposta tentativa de golpe de Estado entre o final de 2022 e o início de 2023.

Jair Bolsonaro - STF
Bolsonaro acompanhou o julgamento no primeiro dia (Foto: reprodução/ Gustavo Moreno/ STF)

A votação no STF foi unânime, com cinco votos favoráveis ao recebimento da denúncia, incluindo o do relator, ministro Alexandre de Moraes. Segundo Moraes, há indícios suficientes para abrir uma ação penal e apurar se Bolsonaro liderou um plano para subverter a ordem democrática, atacar a credibilidade das urnas eletrônicas e participar da elaboração da minuta do golpe.

Com a aceitação da denúncia, o processo avança para a fase de instrução processual, prevista na Lei 8.038/1990. Nessa etapa, serão colhidos depoimentos de testemunhas indicadas pelas partes, além da apresentação de provas.

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