Israel aprova acordo de cessar-fogo com o Hamas; reféns devem ser liberados em até 72 horas

(Foto: reprodução/Metrópoles)
O governo de Israel aprovou nesta quinta-feira (9/10) o acordo de cessar-fogo com o Hamas, que inclui a libertação dos reféns em poder do grupo e a suspensão das ofensivas na Faixa de Gaza. Com a ratificação, começa a correr o prazo de 24 horas para o início de cessar-fogo.
O plano prevê que o Hamas liberte todos os reféns em até 72 horas. O grupo já havia anunciado, mais cedo, a aceitação do acordo e declarado um cessar-fogo permanente. Antes da decisão final, a proposta foi analisada pelo Conselho de Segurança de Israel.
De acordo com a imprensa israelense, os ministros da extrema direita Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional) e Bezalel Smotrich (Finanças) votaram contra o acordo. Após a reunião, Ben-Gvir afirmou que poderá romper com o governo de Benjamin Netanyahu caso o Hamas não seja totalmente desmantelado.
Em entrevista à rede americana Fox News, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, declarou que o país não pretende continuar a guerra após a assinatura do acordo.
O Hamas, por sua vez, informou que recebeu garantias dos Estados Unidos e de mediadores do Egito, Catar e Turquia sobre a implementação de um cessar-fogo permanente. O plano de paz foi proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, no fim de setembro.
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Segundo as autoridades israelenses, o Hamas ainda mantém 48 reféns dos 251 sequestrados no ataque de 2023. Estima-se que cerca de 20 deles estejam vivos. Em contrapartida, Israel deve libertar aproximadamente 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.
O acordo também prevê a suspensão dos bombardeios em Gaza e a redução gradual da presença militar israelense no território palestino. O acordo indica que Israel concordou em diminuir a ocupação de 75% para 57% da região em um primeiro momento.
O chefe do Estado-Maior de Israel orientou as tropas a se preparar para diferentes cenários e para a operação de devolução dos reféns. Ainda não há confirmação sobre a data exata de início do cessar-fogo, mas a expectativa é de que o governo israelense oficialize a decisão nas próximas horas.
*Com informações do G1.
