O Ministério das Finanças da China anunciou nesta quarta-feira (9/4) que vai impor tarifas de 84% sobre os produtos importados dos Estados Unidos. A cobrança terá início na quinta (10).
A nova tarifa representa uma alta de 50 pontos percentuais sobre os 34% que já haviam sido anunciados pelo governo chinês na semana passada. Os percentuais acompanham as taxas impostas pelos EUA.
O anúncio acontece no mesmo dia em que entra em vigor uma tarifa extra de 50% sobre as importações chinesas que chegam aos EUA — o que elevou a alíquota total do país asiático a 104%.
É o mais novo capítulo da guerra comercial desencadeada desde o anúncio, semana passada, do presidente americano Donald Trump.
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Os mercados financeiros globais, que já vinham em queda desde o começo da manhã, intensificaram as baixas após o anúncio da China.
Na Europa, as principais bolsas de valores operam em queda de cerca de 4%. No mesmo horário, o índice Euro Stoxx 50, que reúne as ações das principais empresas europeias, tinha alta de 3,90%.
Na Ásia, as bolsas de valores fecharam majoritariamente em baixa, com exceção da China e Hong Kong, que subiram.
Já no Brasil, as negociações do dólar começaram antes da abertura da bolsa e a moeda americana tinha alta de mais de 1% já nos primeiros minutos do pregão. Por volta das 9h15, o dólar era negociado a R$ 6,05.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,49%, a R$5,9985, maior valor de fechamento desde 21 de janeiro deste ano.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.
*Com informações de G1 e CNN Brasil