Consumo frequente de vegetais crucíferos pode reduzir risco de câncer de mama, aponta estudo

(Foto: Mediterranean/Getty Images)
Pesquisadores dos Estados Unidos identificaram que o consumo regular de vegetais crucíferos está associado à redução do risco de câncer de mama. De acordo com o estudo, mulheres que ingeriram pelo menos seis porções semanais desses alimentos apresentaram um risco 8% menor da doença em geral e 13% menor para o câncer de mama com receptor de estrogênio negativo (HER-negativo), em comparação àquelas que consumiam apenas uma porção por semana.
Os vegetais crucíferos incluem alimentos como brócolis, couve-flor, couve, repolho, couve-de-Bruxelas, rúcula, agrião, rabanete, nabo e acelga chinesa. A pesquisa foi apresentada durante o San Antonio Breast Cancer Symposium, evento científico realizado nos Estados Unidos.
Segundo o médico Gilberto Amorim, especialista em câncer de mama da Oncologia D’Or, os dados reforçam a importância da alimentação saudável. Para ele, esses vegetais contribuem para o equilíbrio do microbioma intestinal, o que pode influenciar positivamente a imunidade e a regulação hormonal. “Esse conjunto de fatores pode aumentar a proteção do organismo contra o câncer”, explica.
O estudo foi liderado pela pesquisadora Andrea Romanos-Nanclares, do Brigham and Women’s Hospital e da Harvard Medical School, e analisou dados de dois grandes estudos de coorte: o Nurses’ Health Study (NHS), realizado entre 1984 e 2019, e o NHS II, conduzido de 1991 a 2019.
Leia mais:
Longos períodos sentado afetam a circulação; estudo aponta possível efeito protetor do cacau
Estudos afirmam: escova de dentes pode deixar você doente, veja cuidados
Ao longo de mais de 30 anos, a alimentação de 238.129 mulheres foi acompanhada por meio de questionários aplicados periodicamente. No período analisado, foram registrados 12.352 casos de câncer de mama invasivo, sendo 1.703 do tipo HER-negativo e 7.880 do tipo HER-positivo.
As análises também indicaram que a relação entre o consumo de vegetais crucíferos e a redução do risco foi mais evidente entre mulheres com sobrepeso ou obesidade, especialmente nos casos de tumores HER-negativos, quando comparadas àquelas com índice de massa corporal igual ou inferior a 25.






