Técnica milenar originada da medicina tradicional chinesa, ela consiste na aplicação de agulhas ultrafinas em pontos específicos do corpo, com o objetivo de aliviar dores, reduzir o estresse e promover o equilíbrio físico e emocional dos animais.
A prática, já bem conhecida entre os humanos que buscam terapias holísticas, agora ganha força na medicina veterinária. De acordo com a veterinária fisiatra e acupunturista Marina Lamas, do centro veterinário Nouvet, em São Paulo, a acupuntura pode ser usada tanto de forma isolada quanto como complemento a tratamentos convencionais.
“É possível tratar traumas, auxiliar na recuperação da mobilidade e até melhorar o ânimo de animais com dores crônicas. Já vimos casos de cães que voltaram a correr após anos de dificuldade para andar”, afirma a especialista.
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Além dos benefícios físicos, a técnica também pode ser eficaz no tratamento de distúrbios comportamentais, como estresse e ansiedade, especialmente quando combinada com fitoterápicos e mudanças no ambiente do pet. “Animais com medo de barulhos intensos, como fogos de artifício, podem apresentar melhoras significativas após algumas sessões”, explica Marina.
Embora envolva o uso de agulhas, a acupuntura não causa dor, já que o material utilizado é extremamente fino. Uma sessão dura, em média, de 20 a 30 minutos e pode incluir estímulos adicionais, como calor ou eletricidade de baixa frequência. “Muitos pets chegam a cochilar durante o procedimento, principalmente aqueles que lidam com dores constantes e finalmente encontram alívio”, conta a veterinária.
Marina também destaca o uso preventivo da técnica, especialmente em animais idosos ou de raças propensas a doenças articulares. Para ela, a acupuntura pode ser uma importante aliada na manutenção da saúde e da qualidade de vida a longo prazo. “Os resultados aparecem gradualmente, mas são consistentes. O mais importante é o comprometimento do tutor com o tratamento contínuo”, finaliza.