A defesa do tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior, suspeito de ajudar na elaboração de uma minuta golpista no governo Bolsonaro, pediu ao ministro Alexandre de Moraes que determine um novo depoimento do militar à Polícia Federal (PF).
A petição chegou a Moraes nesta quarta-feira (03/04). Antes, os advogados tentaram obter uma nova chance diretamente com a PF, sem sucesso.
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Lotado no Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, Araújo Júnior foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, que também atingiu Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores investigados por tentativa de golpe de Estado.
Segundo as investigações, Araújo Júnior recebeu do tenente-coronel Mauro Cid, então braço direito do ex-presidente, documentos intitulados “Levantamento de ações do TSE em desfavor do candidato Jair Bolsonaro” e “Levantamento de ações no STF em desfavor do governo federal”.
A PF avalia os arquivos como “possível complemento da minuta de decretação do estado de exceção, para reverter a ordem jurídica do País.
Agora, a defesa sustenta a Moraes que Araújo Júnior deseja explicar “suas conversas e seu relacionamento com o tenente-coronel Mauro Cid e os demais investigados, de forma clara e objetiva”.