Exportações do Amazonas: Figueiredo e Itacoatiara são destaques da Balança Comercial de setembro

(Foto: reprodução)
As exportações do Amazonas, em setembro, apresentou um faturamento de US$ 66,9 milhões, bem longe do valor das importações, que chegaram a R$ 1,46 bilhão, mas chamou atenção nos números da Balança Comercial do mês passado a participação de municípios do interior nas vendas de produtos para países estrangeiros, especialmente para o maior parceiro comercial do Estado, a China.
O município de Presidente Figueiredo, na Região Metropolitana de Manaus (RMM), por exemplo, vendeu aos chineses US$ 6,42 milhões em ferro-ligas. Esse fluxo de comércio é fruto da venda da Mineração Taboca, operadora da mina do Pitinga, ao grupo China Nonferrous Trade Co. Ltd. por R$ 2 bilhões, negócio feito com o grupo peruano Minsur, ex-controlador acionário da Taboca.
Logo em seguida aparece o município de Itacoatiara, também na RMM, com US$ 2,87 milhões em exportações de soja triturada para o mercado chinês. Esse movimento é capitaneado pela empresa Hermasa Navegação, do grupo Amaggi, o maior produtor de soja do Centro-Oeste e que escoa sua produção via hidrovia do rio Madeira e o porto Graneleiro da “Velha Serpa”.
Juntos, Presidente Figueiredo e Itacoatiara exportaram US$ 9,29 milhões, 15,3% do total exportado pelo Estado em setembro. Itacoatiara também se destacou nas importações, tendo comprado US$ 5,99 milhões em óleos de petróleo oriundos da Rússia. Logo em seguida, Nova Olinda do Norte, na região do rio Madeira, registrou US$ 3,4 milhões na aquisição de veículos aéreos e espaciais dos Estados Unidos.
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Avaliação positiva da Balança Comercial de setembro
Os números da Balança Comercial de setembro de 2025 mostram a força da economia amazonense e Polo Industrial de Manaus (PIM) como motor do desenvolvimento regional e nacional. No mês, o Amazonas registrou US$ 1,53 bilhão na Corrente de Comércio (soma das exportações e das importações),
Mesmo com déficit de US$ 1,39 bilhão na balança, o dado mais positivo vem da trajetória ascendente das importações, que refletem o ritmo de produção e o investimento contínuo da indústria local. De janeiro a setembro, o Estado já acumulou US$ 12,56 bilhões em importações com insumos para abastecer o PIM, valor que representa 78% do total registrado em 2024, ano em que o Amazonas alcançou o recorde histórico de US$ 16,14 bilhões.
“Esses números mostram que o Polo Industrial de Manaus segue firme, gerando empregos, renda e movimentando a economia do nosso estado. O crescimento das importações reflete o fortalecimento das linhas de produção e a confiança das empresas que aqui estão instaladas”, destacou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Serafim Corrêa.
Indústria em alta
Os dados apontam o caráter industrial da economia amazonense: os Bens Intermediários (BI), matérias-primas e insumos utilizados nas fábricas, representaram 85% das importações de setembro, somando US$ 1,24 bilhão. Esse desempenho indica que as empresas do PIM seguem em plena atividade, com perspectiva de expansão até o final do ano.
A China manteve-se como principal parceira comercial nas importações, com destaque para o item “Outros suportes gravados, para reprodução de fenômenos diferentes de som ou imagem”, que totalizou US$ 72,82 milhões. Já os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com destaque para “Óleos de petróleo”, que somaram US$ 24,42 milhões.
De acordo com o secretário Serafim, a manutenção do ritmo de importações nos primeiros nove meses de 2025 aponta para um encerramento de ano promissor, com possibilidade real de superar o recorde de 2024.
“O cenário evidencia o potencial competitivo do Polo Industrial de Manaus, que continua atraindo investimentos, ampliando linhas de produção e consolidando o Amazonas como um importante player do comércio exterior brasileiro”.
