Ar condicionado: produção segue limitada no Amazonas por demora na burocracia de ministério

Produção de aparelhos de ar condicionado está limitada por falta de fornecedores de compressores no Brasil. (Reprodução)
Um dos principais equipamentos “made in Zona Franca de Manaus” está com a produção comprometida devido à burocracia e má vontade de técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que reluta em atualizar o PPB dos aparelhos de ar condicionado, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
O problema é que o PPB atual obriga o uso de compressores feitos no Brasil, mas apenas uma empresa faz esse equipamento e não atende as demandas das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus
“E nós estamos ainda com aquela situação problemática do PPB, que obriga a compra do compressor nacional. Ocorre que só tem uma empresa fabricando esse item, mas ela não atende toda a demanda e o polo de ar condicionado está contido nos limites das possibilidades dessa empresa. Precisamos desatar esse nó. É muito instável essa situação de 15 empresas que fazem a produção de ar condicionado no Brasil, geram empregos, mas estão submetidas a uma única empresa por falta de ajustes de PPB”, relata o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa.
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O MDIC prometeu realizar, nesta semana, uma reunião para destravar esse assunto, mas advertiu que atualmente os técnicos têm sobre a mesa 33 projetos de alteração de Processos Produtivos Básicos (PPBs), sendo 22 apenas de equipamentos produzidos no Polo Industrial de Manaus.
Ainda segundo o MDIC, dez destes 22 pedidos estão com o prazo legal de análise, que é de 120 dias, próximos de expirar.
As empresas produtoras de ar condicionado instaladas em Manaus foram destaque nos indicadores de produção, faturamento e emprego de mão de obra no primeiro semestre deste ano. Conforme a Suframa, as 15 empresas do setor, só com os equipamentos do tipo split, produziram 3,1 milhões de unidades, um aumento de 20,7% em relação ao mesmo período de 2024.
