Wilson Lima não é apenas o governador do Amazonas. É, também, presidente regional do União Brasil — um dos maiores partidos do país e, agora, parte de uma super federação com o Progressistas (PP), que concentra 14 senadores, 109 deputados federais – a maior bancada do Congresso Nacional-, 6 governadores e mais de 1.340 prefeitos em todo o Brasil.
Com esse peso político e institucional nas mãos, era de se esperar que Wilson estivesse no centro do tabuleiro. Mas, ao que as movimentações indicam, a força que ele tem, ele ainda não tem exercido.
No cenário local, chama atenção a ausência de direcionamento aos vereadores do União Brasil. Sem um comando claro, cada um tem votado de forma independente, inclusive alinhando-se à base do prefeito em pautas relevantes como empréstimos e CPI. O partido, que deveria operar com coesão e estratégia, parece atuar em modo disperso.
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A pergunta que ecoa nos bastidores é: por quê?
O que tem levado o governador a adotar uma postura tão silenciosa diante de movimentos políticos tão decisivos?
Com habilidade política de sobra, inclusive por ter conquistado a cadeira de governador logo em sua estreia na política e se reeleito ao cargo, Wilson Lima não é, nem de longe, um nome a ser subestimado. Muito menos que se ausenta por inabilidade.
O risco, no entanto, é claro:
A passividade pode estar fazendo com que Wilson “perca o timing” de uma articulação mais robusta para seu futuro político.
Nos bastidores, há quem veja esse silêncio como estratégia. Outros, como hesitação. Mas em política, o tempo não espera. E quando se tem força e não se usa, outros usam por você.