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Mulher descobre que foi dada como morta ao ir ao posto de saúde em Curitiba

Polícia Civil investiga erro em registro e caso será levado à Justiça
25/10/25 às 08:16h
Mulher descobre que foi dada como morta ao ir ao posto de saúde em Curitiba

Maria Aparecida Ferreira dos Santos, viva, segurando a própria certidão de óbito — Foto: RPC

O que era para ser uma consulta de rotina virou um verdadeiro pesadelo para a manicure Maria Aparecida Ferreira dos Santos, moradora de Curitiba (PR). Durante um atendimento em uma Unidade Básica de Saúde, ela descobriu que havia sido declarada morta oficialmente, apesar de estar viva.

De acordo com a certidão de óbito, a morte de Maria Aparecida foi registrada em Paranavaí, no noroeste do Paraná, em 26 de junho de 2025. O documento traz todos os seus dados corretos, como nome dos pais e CPF. A mulher, no entanto, garante que nunca esteve na cidade.

A situação absurda tem causado diversos transtornos. O banco onde ela possui conta enviou uma mensagem de condolências à família e informou que a conta seria encerrada em 30 dias.

Maria Aparecida Ferreira dos Santos recebeu mensagem do banco no qual tem conta informando o encerramento da conta — Foto: Reprodução/RPC

“É uma situação ridícula. As pessoas não acreditam quando conto. Dizem que é só ir à Receita arrumar, mas não é simples. Tem um atestado de óbito, alguém foi enterrado no meu lugar”, desabafa Maria Aparecida.

Polícia investiga erro em registro

A Polícia Civil abriu investigação para apurar o caso. Segundo o delegado Diego Antunes, a suspeita é que outra mulher com o mesmo nome tenha morrido na Santa Casa de Paranavaí na data registrada, e que os dados de Maria Aparecida foram usados por engano durante o processo de registro do óbito.

A instituição hospitalar confirmou que uma paciente com esse nome deu entrada na unidade com documentos que a identificavam como Maria Aparecida Ferreira dos Santos.

A Santa Casa afirmou estar surpresa com o caso e garantiu que vai tomar providências junto aos órgãos competentes.


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Ação judicial será proposta

De acordo com a Receita Federal, existe uma norma que permite a alteração da situação cadastral de “falecido” para “regular” em casos de erro de informação.

O professor Willian Borges, coordenador do Núcleo de Prática Jurídica que presta assistência à manicure, explicou que a equipe foi procurada no fim de setembro e está acompanhando o caso para propor uma ação judicial ainda neste mês.

“Estamos orientando Maria Aparecida e vamos formalizar o pedido de correção junto ao Poder Judiciário”, afirmou o professor.

Enquanto isso, Maria segue tentando provar que está viva — um processo burocrático que, segundo ela, tem sido mais difícil do que poderia imaginar.

 

*Com informações do G1 Paraná e RPC.