Dia da Árvore: saiba quais as espécies mais antigas da Amazônia

Foto: Freepick
Neste domingo, 21 de setembro, é comemorado o “Dia da Árvore“. Mas você sabe quais são as espécies mais antigas da região?
Estudos na Amazônia feitos por inúmeras instituições, entre elas, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Universidade Federal de Lavras (UFLA), revelaram várias árvores centenárias na região, algumas com mais de 1.400 anos, como a Samaúma, o Angelim-vermelho, e outras.
Veja a lista completa de árvores centenárias
Sumaúma
A Sumaúma ou Samaúma, também conhecida como “Vovozona”, tem mais de 1.000 anos de idade, e pode ser encontrada na Floresta Nacional do Tapajós, no estado do Pará. Ela é uma das árvores mais imponentes da Amazônia e carrega forte simbolismo espiritual. Considerada sagrada pelos antigos povos maias e por diversas etnias indígenas no Brasil, a sumaumeira se destaca pela grandiosidade de sua copa, que ultrapassa as demais árvores da floresta. Essa imponência faz dela um verdadeiro refúgio, oferecendo sombra, abrigo e proteção a inúmeras espécies de plantas, pássaros e insetos.

Angelim-vermelho
Esta espécie, além de muito antiga, é a mais alta já registrada na América do Sul, com 88,5 metros de altura, o equivalente a 30 antares de um prédio. Essa árvore tem entre 400 e 600 anos, e pode ser encontrada no Santuário de Gigantes no Oeste do Pará.
Em diferentes regiões, recebe nomes variados: no Pará, é chamado principalmente de angelim-vermelho, enquanto em Manaus também é conhecido como angelim-pedra. Além do valor econômico, a espécie exerce papel essencial no equilíbrio da floresta. Por ser uma árvore emergente, capaz de ultrapassar o dossel, contribui para a manutenção da biodiversidade.

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Castanheira-do-Pará (Bertholletia excelsa)
A Castanheira-do-Pará pode chegar a 1.000 ou 1.600 anos. Esta espécie é uma árvore emblemática da Amazônia. De acordo com o Instituto Soka Amazônia, a castanheira-do-pará pode ser encontrada principalmente às margens de grandes rios.
Distribui-se por vários países amazônicos, mas hoje é mais abundante na Bolívia e no Suriname. Pode atingir de 30 a 50 metros de altura e até 5 metros de diâmetro, destacando-se pelo tronco reto e copa elevada.

Sobre o ‘Dia da Árvore”
O Dia da Árvore nasceu nos Estados Unidos, em 1872, com a iniciativa do jornalista J. Sterling Morton, que propôs o plantio de árvores em Nebraska, que fica na região central do país. Inspirados por essa ideia, o Brasil instituiu o Dia da Árvore no Brasil em 21 de setembro, próximo ao início da primavera, e a Festa Anual das Árvores em 1965, em substituição ao Dia da Árvore.
O dia da Árvore foi baseado no “Arbor Day”, criado nos Estados Unidos, por iniciativa do jornalista J. Sterling Morton, em 1872.
No país, as primeiras comemorações foram organizadas por Alberto Löfgren, responsável pelo Horto Botânico de São Paulo, e João Pedro Cardoso, inspetor agrícola.
