
Brasil nega pedido da ONU para subsidiar a acomodação dos países em Belém durante a COP30
O governo brasileiro rejeitou, na sexta-feira (22/8), a proposta da Organização das Nações Unidas para que concedesse subsídios diretos às delegações de países menos desenvolvidos que participarão da Conferência do Clima (COP30), novembro, em Belém.
A COP30 tem vivido uma crise de hospedagens devido ao aumento exorbitante dos preços. Em alguns casos, reservas para o período do evento, de 10 a 21 de novembro, chegaram à casa de mais de R$ 1 milhão. Nesse cenário, 29 países assinaram uma carta pedindo ao governo brasileiro que mude a cidade sede do evento.
O pedido foi formalizado pela ONU, em carta na qual solicitava que o país garantisse US$ 100 por dia para os representantes de nações vulneráveis.
“Não cabe aos brasileiros arcarem com as delegações de outros países“, afirmou a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. Ela destacou que o Executivo já tem arcado com custos “significativos” para viabilizar a COP30 e reforçou que o país apoia apenas a revisão dos valores repassados pela própria ONU.
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Nesse contexto, o Brasil vai criar uma força-tarefa com funcionários dos Ministérios das Relações Exteriores, do Turismo, do Meio Ambiente e Mudança do clima; e com membros da secretaria da COP para auxiliar as delegações estrangeiras nas negociações por hospedagem.
“A ideia é que a gente tenha um grupo de pessoas que possa ligar para polos focais da própria ONU nesses países para perguntar, saber o que está acontecendo e ver o que a gente consegue resolver”, explicou o secretário extraordinário da COP30, Valter Correia.
*Com informações de Jovem Pan e Correio Braziliense
