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Moradores de flutuantes acionam Defensoria contra retirada das estruturas em Manaus

Moradores de flutuantes acionam Defensoria contra retirada das estruturas em Manaus

Mais de 250 famílias residentes de flutuantes do Tarumã-Açu, na zona Oeste de Manaus, acionaram a Defensoria Pública (DPE-AM) para suspender a decisão judicial que determina a retirada das estruturas da área. No último dia 29, a Justiça do Amazonas deu 10 dias para que a Prefeitura inicie o processo de retirada dos flutuantes, sob pena de multa de R$ 15 milhões.

A Prefeitura solicitou o apoio do Governo do estado para realizar a retirada. Há alguns dias, o governador Wilson Lima (União Brasil) anunciou que vai cumprir a decisão judicial.

Segundo a DPE, os defensores estão buscando uma ação anulatória na Justiça para assegurar as residências e o patrimônio construído pelas pessoas que moram no local.


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De acordo com o defensor Carlos Almeida, nem todos os donos de flutuantes foram notificados no processo, o que inviabilizaria a retirada das estruturas. Ele afirmou:

“Necessário destacar que, dos 74 réus originais, apenas 52 foram localizados e devidamente citados, conforme atestado pelo Oficial de Justiça. Mais ainda: dentre os citados, apenas o Município de Manaus e dois proprietários de flutuantes apresentaram defesa nos autos”.

Ele também declarou:

“A Defensoria propôs uma ação afirmando que há vícios graves no processo e pediu para que o juiz aprecie o documento. Estamos aguardando a manifestação do juízo”.

Moradores da área também estão questionando a medida. A presidente da Associação de Moradores da Marina do Davi, Sara Guedes, de 39 anos, afirmou que a princípio, a sentença sobre a retirada de flutuantes não incluía os moradores do Tarumã-Açu.

Ela declarou:

“Nós não tivemos direito à defesa. Não tivemos conhecimento do processo, visto que o mesmo foi criado com o intuito de atingir a Orla de Manaus, mas incluiu as famílias do Tarumã sem que nós sequer tivéssemos conhecimento e pudéssemos estabelecer uma defesa”.

A decisão judicial estipula que a Prefeitura tem 10 dias para retirar as estruturas do Tarumã-Açu, e até o dia 31 de março para informar e comprovar à justiça a ação de retirada e de desmonte dos flutuantes. Caso contrário, o município será condenado a pagar a multa de R$ 15 milhões solicitada pelo MP.

Com informações de G1.