O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal no Amazonas (DS Amazonas – Sindifisco Nacional) vai intensificar a greve iniciada em novembro de 2024. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (30/1). Os profissionais devem ampliar a operação-padrão nas aduanas, agravando os efeitos da “paralisação”. O movimento, que reivindica reajuste salarial e melhorias estruturais, já afeta significativamente o setor produtivo do estado, com riscos de demissões e desabastecimento do comércio.
A paralisação tem causado acúmulo de mercadorias e insumos nas áreas portuárias, impactando diretamente a indústria e o comércio. Empresas e trabalhadores enfrentam incertezas sobre a continuidade de suas atividades, já que a liberação de produtos depende da atuação dos auditores fiscais. Segundo o sindicato, a nova fase da greve pode agravar ainda mais a situação econômica local.
Marcos Neto, presidente da delegacia sindical do Amazonas, destacou a gravidade do cenário. “Toda a cadeia produtiva e comercial é impactada pela retenção da mercadoria nos portos e aeroportos, decorrente da fiscalização mais rigorosa que os auditores estão empreendendo agora”, afirmou. A categoria alega que a greve visa maior valorização do trabalho dos auditores e melhorias nas condições das aduanas.
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A legislação garante a manutenção de 30% do efetivo da Receita Federal em atividade, mas os impactos da paralisação são expressivos. Apenas cargas prioritárias, como produtos perecíveis, medicamentos, cargas vivas e materiais perigosos, estão sendo liberadas. Mesmo assim, o setor já registra a retenção de 75 mil remessas expressas de importação e exportação, agravando o cenário econômico.
Esta é a segunda greve dos auditores fiscais em um intervalo de um ano, evidenciando a necessidade de diálogo entre a categoria e o governo federal. Enquanto as negociações seguem em andamento, empresários e trabalhadores do Amazonas enfrentam incertezas sobre os impactos a longo prazo, com temores de prejuízos irreparáveis para a economia local.
Os ministérios da Fazenda e da Gestão e da Inovação são cobrados para agirem de forma a destravar as operações e evitar um colapso ainda maior no comércio exterior e na logística do país. A situação reforça a urgência de uma solução negociada para o impasse, que já afeta diversos setores da economia amazonense.