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Geração Z é o público que mais cresce nas negociações de dívidas no AM, revela Serasa

Geração Z é o público que mais cresce nas negociações de dívidas no AM, revela Serasa

O destaque vai para os jovens de 18 a 25 anos, que apresentaram alta expressiva de 49% nas negociações feitas pela plataforma Serasa

Em meio ao cenário de inadimplência recorde no Brasil, os consumidores têm buscado alternativas para retomar o controle das finanças. Segundo levantamento da Serasa, os primeiros sete meses de 2025 registraram aumento de 11,4% no número de negociações de dívidas em relação ao mesmo período do ano passado.

O destaque vai para os jovens de 18 a 25 anos, que apresentaram alta expressiva de 49% nas negociações feitas pela plataforma Serasa Limpa Nome. Mais de 1,5 milhão de pessoas da chamada Geração Z regularizaram pendências financeiras no período, ampliando sua representatividade de 9,9% para 13,3% entre todos os consumidores.

Em contrapartida, o grupo com mais de 65 anos apresentou queda de 4,7% nas negociações.

Crescimento no Amazonas

No Amazonas, o movimento seguiu a tendência nacional: houve crescimento de 12,4% nas negociações em comparação com 2024. Os jovens também se destacaram, com alta de 54% entre aqueles que buscaram acordos de pagamento.

“O aumento da participação dos jovens mostra que a educação financeira e o acesso facilitado à negociação têm feito diferença para uma geração que ainda está aprendendo a lidar com as finanças”, avaliou Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

Jovens mais responsáveis e interessados em finanças

Uma pesquisa da Serasa com 2.923 jovens de 18 a 29 anos reforça a tendência: 55% já assumiram integralmente seus próprios gastos mensais e 39% ajudam ou dividem as despesas da casa.

Na região Norte, o índice é ainda maior: 59,9% dizem arcar com seus próprios custos e 38,9% contribuem nas despesas familiares.

“Essa geração se mostra mais madura financeiramente, priorizando o pagamento de contas e dívidas. Muitos cresceram em um cenário de instabilidade e buscam novos hábitos e informações sobre educação financeira”, acrescentou Patrícia.


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Inadimplência ainda em alta

Apesar do aumento das negociações, o país enfrenta números recordes. O Brasil fechou julho com 78,16 milhões de inadimplentes, somando 307 milhões de dívidas, que chegam a R$ 482 bilhões — valor médio de R$ 1.570,17 por débito.

As principais causas são dívidas com bancos e cartões de crédito (27,2%), seguidas por contas básicas como água, luz e gás (20,6%), além de financeiras não bancárias (19,47%).

No Amazonas, havia 1.659.682 inadimplentes em julho, alta de 0,88% em relação a junho. O ticket médio das dívidas no estado é de R$ 5.361,85, puxado por bancos e cartões (23,89%), varejo (21,39%) e utilities (19,96%).

Oportunidades para limpar o nome

Para o segundo semestre, a Serasa destaca que mais de mil empresas parceiras oferecem 623 milhões de ofertas de negociação com descontos de até 90%. As propostas estão disponíveis nos canais oficiais da instituição e podem ser fechadas de forma totalmente digital.

“São sete meses consecutivos de alta na inadimplência, mas também vemos mais pessoas dispostas a negociar. Regularizar as contas é o primeiro passo para sair do vermelho e recuperar a estabilidade financeira”, concluiu Patrícia.