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Desmatamento no Amazonas cai 16,93% entre 2024 e 2025, atesta o INPE

Redução do desmatamento no Amazonas ficou acima da média de todos os Estado do bioma
31/10/25 às 09:20h
Desmatamento no Amazonas cai 16,93% entre 2024 e 2025, atesta o INPE

Imagem: Reprodução

O Estado do Amazonas registrou uma queda de 16,93% no desmatamento da floresa no périodo de agosto de 2024 e julho de 2025, comparado com o mesmo período de 2023-2024. Os números são do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgados, nesta quinta-feira (30), pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.

A redução no desmatamento no Amazonas foi superior a média nacional para o bioma Floresta Amazônica, que foi de 11,08%, a terceira maior redução na série histórica iniciada em 1988. Em todo o bioma, o Prodes aponta que a área desmatada foi de 5.796 km² e o número poderia ter sido menor não fosse o aumento de 25,06% no desmatamento no Mato Grosso.

Em termos absolutos a área desmatada no Amazonas no período estudado foi de 1.016 km², bem longe do recorde registrado entre 2021 e 2022, que chegou a 2.594km². Foi, conforme dados do Prodes, a segunda redução seguida no desmatamento no Amazonas, após quatro anos de crescimento constante, com o ápice registrado em 21-22.

Em toda a Amazônia o desmatamento evitado foi de 1.340,400 hectares (cada hectare equivale a um campo de futebol). Esse resultado evitou a emissão de 649.343,376 toneladas de CO2 na atmosfera da Terra. O gás carbônico (CO2) é o principal causador das mudanças climáticas.


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Ministério comenta os bons resultados

Na avaliação dos resultados, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou o papel de instrumentos financeiros como o Fundo Amazônia, que fortalecem os órgãos federais, estaduais e municipais e impulsionam o desenvolvimento sustentável no bioma, com vistas a tornar a preservação da floresta mais rentável do que sua destruição.

“A redução do desmatamento na Amazônia pelo terceiro ano consecutivo nesta gestão e no Cerrado pelo segundo ciclo seguido é a confirmação de que a agenda ambiental é prioritária e transversal no governo do presidente Lula. Isso é fundamental para que o país contribua ao enfrentamento à mudança do clima a nível global, o que beneficia diretamente a vida dos brasileiros e brasileiras, que já enfrentam, em diferentes medidas, os impactos crescentes do aquecimento global em forma de eventos extremos, por exemplo”, disse Marina.  “Combater o desmatamento e proteger o meio ambiente são condicionantes para que o Brasil alcance o desenvolvimento econômico em bases sustentáveis e gere prosperidade para sua população”, completou a ministra.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, destacou que o órgão trabalhou pesado nas ações de comando e controle para chegar aos resultados que confirmam  a curva de queda do desmatamento”. “Estamos usando a mais alta tecnologia disponível para enfrentar os crimes ambientais”, acrescentou.

O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, também considera que os resultados são reflexo da presença em campo do órgão.

“Isso só foi possível graças a novos investimentos, à formação de fiscais especializados e a um plano de ação estratégico. As ações são perenes: estamos fortalecendo a proteção das áreas e removendo com rigor quem invade e grila terras federais”, disse.

Um dos municípios que aderiram ao programa  União com Municípios (UcM), que agregou os 70 considerados prioritários pelo MMA para as ações de controle do desmatamento e incêndios florestais, Apuí, na região Sul do Amazonas, registrou queda expressiva no desmatamento, mas na avaliação do prefeito Marquinho da Macil (PSD), os motivos foram a intensidade das chuvas do período, mas principalmente pela transformação do setor primário do município.

“O produtor rural, por exemplo, entendeu que é mais lucrativo plantar café do que criar gado e, com isso, não é mais necessário desmatar para formar campo”, disse Marquinho.