Renata Meireles destaca no Amazon IA Summit 2025 que transição energética e IA caminham juntas

A engenheira e especialista em energia Renata Meireles apresentou no segundo dia de Amazon IA Summit 2025, nesta terça (2/12), uma visão clara sobre o futuro da infraestrutura elétrica no país. Segundo ela, a adoção de sistemas inteligentes é essencial para sustentar o avanço da Inteligência Artificial e garantir competitividade ao Brasil.
“Não consigo operar sem previsibilidade, por isso, precisamos integrar sensores avançados, IA e controle temporal às nossas operações”, explicou.
Meireles destacou que o setor passa por uma expansão acelerada impulsionada por novas matrizes energéticas e pela crescente demanda por grandes centros de processamento de dados. Para ela, a localização dos futuros data centers está diretamente ligada à capacidade energética das regiões.
“A pergunta que as empresas mais fazem hoje é onde vão colocar seus data centers e de que forma garantir energia firme para que eles nunca desliguem”, afirmou.

Nesse cenário, Norte e Nordeste surgem como regiões estratégicas. A especialista enfatizou que essas áreas oferecem condições privilegiadas, tanto ambientais quanto estruturais, para receber investimentos de largo porte.
“Essas regiões têm um mapeamento favorável e combinam potencial renovável com segurança energética, o que atrai investidores nacionais e internacionais”, destacou.
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Meireles ressaltou também que a transição energética vai além de substituir uma fonte por outra. Ela envolve transformar a maneira como o consumo é pensado e gerido.
“A questão não é parar de usar uma tecnologia, mas integrar soluções como baterias, geração térmica e energia solar de forma inteligente”, disse.
Outro tema central da palestra foi o avanço das redes inteligentes. Segundo a especialista, o país já possui projetos de distribuição baseados em automação e monitoramento digital, capazes de otimizar serviços e reduzir deslocamentos físicos.
“Eu já não preciso ir até o local para fazer leitura ou religação. A comunicação com os medidores acontece em tempo real e isso muda completamente a operação”, explicou.

Para Meireles, o objetivo final é integrar energias renováveis, automação e inteligência de redes para criar um ecossistema eficiente e sustentável. Essa mudança, segundo ela, não é apenas tecnológica, mas estratégica para o futuro da economia.
“Estamos falando de infraestrutura que vai sustentar o crescimento da IA no Brasil”, concluiu.






