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Atletas que trocaram de modalidade esportiva e obtiveram sucesso

Narrativas de superação e reinvenção que motivam o universo esportivo
Atletas que trocaram de modalidade esportiva e obtiveram sucesso

Rebecca Romero iniciou sua carreira esportiva como remadora na Grã-Bretanha (Foto: Divulgação)

Experimentar novas modalidades esportivas é um desafio que transcende a habilidade física: requer bravura, disciplina e resiliência. Ao longo da história, muitos atletas demonstraram que é viável se destacar em mais de um esporte, apesar dos desafios físicos e emocionais.

Essas transições bem-sucedidas não apenas expandem os horizontes pessoais, mas também motivam milhões de pessoas que desejam se reinventar. A seguir, descubra algumas histórias inspiradoras de atletas que mudaram drasticamente de modalidade e alcançaram novos níveis de sucesso.

Rebecca Romero: da tempestade às vitórias sobre rodas

Rebecca Romero começou sua trajetória como remadora representando a Grã-Bretanha, ganhando a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004. Contudo, uma séria lesão nas costas a afastou do remo competitivo, colocando em dúvida o futuro de sua carreira esportiva.

Após lesão nas costas, Rebecca Romero migrou para o ciclismo (Foto: Tim De Waele/Getty Images)
Após lesão nas costas, Rebecca Romero migrou para o ciclismo (Foto: Tim De Waele/Getty Images)

Ao invés de desistir, Romero aceitou o desafio de aprender um novo esporte: o ciclismo de pista. Sua dedicação foi recompensada rapidamente. Apenas quatro anos depois de abandonar os barcos, ela ganhou a medalha de ouro no contrarrelógio individual nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

A britânica transformou-se em um símbolo de superação e adaptabilidade, demonstrando que a habilidade de recomeçar pode resultar em conquistas extraordinárias. Sua trajetória é recordada até os dias atuais como uma das mais bem-sucedidas transições da história das Olimpíadas.

Petr Čech: do campo ao gelo

Petr Čech, reconhecido como um dos maiores goleiros do futebol mundial, teve uma carreira de sucesso tanto no Chelsea quanto na seleção da República Tcheca. Após pendurar as luvas no futebol, muitos aguardavam sua saída definitiva do esporte. Porém, ele surpreendeu.

Čech, que é apaixonado por hóquei no gelo desde jovem, resolveu experimentar a modalidade. Começou a atuar como goleiro do Guildford Phoenix, time semi-profissional da Inglaterra. Sua rapidez e reflexos, aprimorados no futebol, foram fundamentais para o êxito no gelo.

Na sua estreia, defendeu pênaltis e foi escolhido o melhor jogador do jogo. Čech demonstrou que as habilidades adquiridas em um esporte podem ser ajustadas para outro, evidenciando versatilidade e disciplina.

Victoria Pendleton: da bike ao cavalo

Victoria Pendleton é outra figura que deixou sua marca na história olímpica do Reino Unido. Como ciclista de pista, ganhou várias medalhas de ouro em Olimpíadas e campeonatos mundiais. Depois de se despedir do ciclismo competitivo, ela encontrou uma nova paixão: o turfe.

Pendleton se dedicou intensamente aos treinos e, em pouco tempo, se destacou nas corridas de cavalo. Rapidamente, já estava competindo em importantes eventos, como o renomado festival de Cheltenham. Sua transição demonstrou que a audácia para buscar novos trajetos pode levar a uma segunda carreira tão inspiradora quanto a primeira.

Gerwyn Price: da interação física à exatidão milimétrica

O galês Gerwyn Price começou sua carreira esportiva no rúgbi, jogando por clubes como Cross Keys e Glasgow Warriors. Forte, rápido e competitivo, parecia destinado a brilhar nos campos. Porém, sua vida mudou de direção quando optou por experimentar os dardos.

O que teve início como curiosidade rapidamente se converteu em paixão. Price progrediu rapidamente, conquistando o circuito profissional. Em 2023, atingiu o auge ao vencer o Campeonato Mundial de Dardos, consolidando-se como uma das figuras mais proeminentes do esporte.

Sua trajetória demonstra que competências mentais, como concentração e gestão emocional, podem ser tão relevantes quanto a resistência física na transição entre esportes.

Sarah Storey: da natação às pistas paraolímpicas

Sarah Storey é uma das figuras mais proeminentes do paradesporto no Reino Unido. Iniciou sua trajetória na natação paralímpica em 1992, conquistando medalhas e ganhando reconhecimento internacional. No entanto, questões de saúde e novas motivações a fizeram mudar para o ciclismo adaptado.


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Storey se destacou novamente no novo esporte, ganhando várias medalhas de ouro em competições de pista e estrada. Atualmente, é reconhecida como uma das atletas paralímpicas mais bem-sucedidas de todos os tempos, deixando um legado que inspira gerações.

Outras histórias de mudança inspiradora

Além dessas pessoas, o mundo dos esportes está cheio de exemplos de superação por meio da troca de modalidade:

Michael Jordan, o maior ícone do basquete, tentou seguir carreira no beisebol. Embora não tenha alcançado o mesmo sucesso, sua coragem para se reinventar foi admirada.

Bo Jackson, conhecido por atuar profissionalmente na MLB (beisebol) e na NFL (futebol americano).

Clara Hughes, atleta canadense que ganhou medalhas olímpicas em ciclismo e patinação de velocidade.

Deion Sanders, outro exemplo notável, destacou-se tanto no beisebol quanto no futebol americano, deixando um legado de versatilidade.

Independente da modalidade esportiva escolhida, essas trajetórias demonstram que mudar de esporte não é começar do zero, mas sim usar habilidades já adquiridas em um novo cenário.